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Tatá Werneck: “No começo da minha carreira, questionavam tudo, até a minha sexualidade”

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Sabe quando você está escrevendo um e-mail e abre uma aba do Spotify, depois vai para o Facebook, em seguida dá uma espiada no portal de notícias e, quando vê, está morrendo de rir de um vídeo de gatinhos no YouTube? Falar com Tatá Werneck, carioca, 34 anos de pura energia, é meio isso. Ela emenda assuntos, vai abrindo janelas, conta do namorado, da mãe, dos onze gatos e seis cachorros… Aí, do nada, faz você gargalhar. Sem um pingo de esforço.

Isso todo mundo já sabia, mas viu e reviu nas duas primeiras temporadas de seu talk show, o Lady Night, do Multishow, que estreou um ano atrás. Tatá chegou ao mundo dos apresentadores quebrando tudo, deixando famosos beeem à vontade (foi bom para vocês, Neymar, Cauã, Simone e Simaria?) e anônimos numa saia justa deliciosa (pergunte ao especialista!). Firmou-se como a humorista mais importante da TV e, só por isso, já merecia nosso troféu de Mulher Bacana. Mas, não bastasse, ainda está mandando bem como a princesa Lucrécia, da novela global Deus Salve o Rei, esbanja ironias finas no Instagram (20,7 milhões de seguidores e contando) e dá de ombros para qualquer crítica sobre o relacionamento com o ator Rafael Vitti, de 22 anos, com quem mora e faz planos de se casar. “Estou apaixonada e muito feliz com ele, mas sempre fui autossuficiente. Tenho minha casa, meu dinheiro, minhas coisas. Com trabalho, fé e pensamento positivo, consigo tudo o que eu quero, às vezes de forma quase milagrosa.” Verdade.

É mesmo bacana ser a Tatá? Estar sempre criando e ter esse pensamento rápido cansa em algum momento?
Eu sou muito feliz de me ser! É estranho falar isso? Parece que me acho? Mas tenho uma autoestima boa, que não passa pela aparência, mas por estar bem comigo, me preencher, ver que as pessoas gostam de estar perto. Desde que entendi que não tem como passar por essa vida tentando viver outra, ficou mais fácil. Fui uma criança questionadora. Aos 3 anos, perguntava o porquê de precisar aceitar tal coisa. Sempre fui militante, representante de turma. Acabei expulsa da escola duas vezes por ser bagunceira e ter o mesmo comportamento de colegas meninos, mas que era inaceitável para uma menina.

Uma visão machista que deve ter surgido em vários outros momentos da sua vida, né?
Sim. As pessoas questionavam tudo, até a minha sexualidade. Se eu fosse lésbica também não seria um problema… Mas por que essa necessidade de catalogar as pessoas? Por que precisamos ser colocadas em nichos? Por que se você é bonita não pode ser inteligente? Se é engraçada não pode ser vaidosa? No começo, quando ia participar de campeonatos de improviso e de rima, eu quase me anulava para provar meu talento. Colocava uma calça largona, um moletom e só faltava falar: “Ó, galera, esqueça que eu sou mulher!”. Hoje jamais faria isso.

Como está sua rotina agora?
Acordo cedo, fico o dia inteiro na novela, à noite volto e já começo a pensar em coisas paraa terceira temporada do Lady Night, que começo o gravar no segundo semestre. Vou ter só dois dias de folga entre o fim da novela e o começo do programa e depois ainda tenho um filme para rodar com a Ingrid Guimarães. No meio dessa confusão toda, estou há semanas tentando mudar de casa, mas ainda não consegui. Só falta pegar as coisas, os bichos e ir.

 

Quantos bichos você tem?
Ih, preciso fazer as contas, porque tem os meus e os que eu cuido. Tipo o gato Francisco, que foi atropelado na minha frente e está internado há quatro meses. Operou, fez transfusão, cortou o rabo, colocou pino e agora está quase bom. Vou tentar doar, se eu conseguir, porque estou apegada. Em casa, de gatos, ainda tem a Mãezoca, o Gentil, o Palhaço… Acho que são dez. Não, onze! Esqueci do Jonas Block. Aí tem um cachorro que chama Gato, outro que chama Táxi, o Tufo… São seis no total. Amo os animais e queria poder ajudar todos. Já tentei convencer o Rafa a ter uma cabra e ele disse que não tinha condições. Aí, eu falei: “Por quê? Está discriminando as cabras? Cabras também são seres humanos!”. Ele não quis, mesmo depois de tanta insistência. À noite, vi ele dando uma busca no celular: “Como criar cabras”. Fofo

No dia a dia, você é sempre assim engraçada?
 Cara, sabe que sou bastante bem-humorada? Coisas que me deixam de mau humor são: cólica (tenho endometriose e sofro muito), fome, injustiças e aeroporto.

Qual o seu maior orgulho?
Poder, com meu trabalho, ajudar a minha família, que é de pessoas admiráveis que nunca tiveram sobras financeiras. Conseguir viajar o mundo. E ter a casa com que sempre sonhei, não com luxo, mas com espaço o suficiente para acolher animais abandonados. Que maravilha que eu consegui.

Fonte: Glamour

Humberto Júnior
Humberto Júniorhttps://www.1bertojunior.com
Amante da tecnologia e desafiador.
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