Sete pessoas morreram em mais um tiroteio na favela da Rocinha, zona sul da cidade do Rio deJaneiro, no início da manhã deste sábado (24). As vítimas chegaram a ser levadas para o HospitalMiguel Couto, mas não resistiram. Nenhum policial foi ferido durante a operação. O caso está sendoinvestigado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil.
Na quarta-feira (21) à noite um policial militar e um morador haviam morrido durante outroconfronto entre policiais e bandidos da comunidade.
Por meio de nota, a Polícia Militar informou que o Batalhão de Choque foi surpreendido por pessoasarmadas e teve de reagir. Nas redes sociais, nas páginas como Favela da Rocinha e Rocinha Alerta,moradores afirmam que as vítimas se renderam, mas, ainda assim, foram executadas pelospoliciais.
Também informam que dois criminosos atingidos por balas conseguiram fugir a pé pela mata,escapando do cerco. A PM não comentou as denúncias.
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Policial e morador morrem em tiroteio na Favela da Rocinha, no Rio
Intenso tiroteio assusta moradores da Rocinha
A Rocinha, uma comunidade com cerca de 70 mil pessoas e uma das maiores favelas do país, teve arede elétrica atingida e está sem luz. A Light, concessionária de energia, informou que, diante dainsegurança, não pode enviar técnicos para reestabelecer o fornecimento.
Também nas redes sociais, moradores reclamaram por terem equipamentos afetados no sábado,dia de descanso de boa parte das famílias. Outros contaram que, por conta dos tiroteios, nãoconseguiram sair para trabalhar.
O jovem Raull Santiago, do Coletivo Papo Reto, de mídia independente, usou seu perfil paradenunciar abusos policiais. “Recebemos várias informações de uma intensa operação esta naRocinha, onde policiais estão violando o direito de moradores, destruindo casas e esculachandogeral durante abordagens na rua”.
Santiago também é coordenador do Movimentos, projeto que reúne jovens de favelas em defesa deuma nova política de drogas, com objetivo de diminuir a violência nas comunidades, altas taxas dehomicídio e de encarceramento. O núcleo tem apoio do Centro de Estudos de Segurança eCidadania, da Universidade Candido Mendes.
O suposto confronto com a PM ocorreu na Rua 2 e na localidade conhecida como “Roupa Suja”. Nolocal, foram encontrados pelos policiais um fuzil, sete pistolas e duas granadas.
A PM mantém patrulhamento reforçado na comunidade desde setembro de 2017, quando bandidosde facção criminosa rival à instalada na Rocinha tentaram retomar o controle da venda de drogas.Para auxiliar as polícias, cerca de 1 mil agentes das Forças Armadas fizeram um cerco no local.Nenhum dos traficantes líderes do confronto foi preso, à época.
Marechal
Neste sábado, foi sepultado no Cemitério do Caju, no centro, o morador Antônio Ferreira, de 70anos, conhecido como Marechal, vítima dos tiroteios provocados pelas operações policiais, naquarta-feira (21). Na mesma ação, o PM Felipe Santos de Mesquita, de 28 anos, baleado noabdômen, também morreu. O soldado foi enterrado ontem (23), em Sulacap.
O serviço Disque Denúncia oferece recompensa de R$ 5 mil por informações que levem aosassassinos de Felipe de Mesquita. O telefone é (21) 2253-1177.
Fonte: Agência Brasil