Uma operação policial no Maranhão prendeu parte da quadrilha que aterrorizou uma cidade do interior do estado num assalto milionário, há pouco mais de uma semana.
A polícia diz que os bandidos fazem parte de uma quadrilha de São Paulo, mas alguns integrantes são da Bahia, do Paraná e de Sergipe. Todos estavam em um caminhão, que furou uma barreira policial numa estrada de terra. Na cidade de Santa Luzia do Paruá, a 400 quilômetros de São Luís, eles foram cercados por 50 policiais e houve troca de tiros.
Três ladrões morreram e quatro ficaram feridos. Outros seis se renderam. Dentro do caminhão, a polícia encontrou mais de R$ 45 milhões e armamento pesado. Inclusive, duas metralhadoras capazes de derrubar aviões e helicópteros.
Segundo a investigação, eles participaram de um dos maiores assaltos da história do país. Roubaram cerca de R$ 100 milhões de um centro de distribuição do Banco do Brasil, em Bacabal, há pouco mais de uma semana.
Três bandidos morreram na troca de tiros durante o roubo. Na fuga, a quadrilha ateou fogo em carros, espalhou dinheiro pela cidade, atirou no comando da PM e na delegacia e fez reféns. Em um posto de combustível, os criminosos renderam mais de cem pessoas e usaram algumas como escudo nos carros até a saída da cidade.
A polícia diz que ainda há outros bandidos envolvidos. Cerca de 40 criminosos participaram do assalto. Os presos foram trazidos para São Luís, onde serão interrogados. os policiais também investigam o que aconteceu com um caminhoneiro que enviou uma mensagem de áudio para a família dizendo que tinha sido sequestrado pelo grupo durante o assalto.
Na gravação, Obadias Pereira da Silva, de 44 anos, disse que estava no meio de um tiroteio: “Só Deus aqui, vice? É tanto tiro que tô aqui como refém. Só metralhadora. Minha cabeça tá doendo tanto que tá me dando uma tontura aqui. Nunca passei por isso não. Meu Deus”.
O caminhão dele foi encontrado queimado a 60 quilômetros de Bacabal. “A polícia tem certeza do envolvimento de membros locais no apoio. Então, nosso centro de inteligência e as equipes de investigação têm ao seu encargo identificar todos eles para que eles também sejam alcançados pela ação policial”, afirma o secretário de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela.
FONTE: Jornal Nacional