PF conduz 134 eleitores suspeitos de crimes eleitorais para prestar esclarecimentos

A Polícia Federal (PF) informou que, até as 13h30 deste domingo (7), havia conduzido 134 eleitores para as superintendências da corporação para prestarem esclarecimentos por terem sido encontrados em situações suspeitas de crimes eleitorais ou em flagrante. Os dados foram divulgados no Centro Integrado de Comando e Controle das Eleições, em Brasília.

Há registro de eleitores levados para superintendências da Polícia Federal em Alagoas, Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul e Pará. Segundo a PF, até o momento, foram registrados 901 ocorrências eleitorais pelo país.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, os crimes mais identificados até o momento foram o transporte ilegal de eleitores e a compra de votos. Também foram flagrados casos de boca de urna.

Além das informações concentradas pelo centro integrado da PF, também há uma contabilidade paralela organizada pelo recém-inaugurado Centro Integrado de Comando e Controle da Secretaria Nacional de Segurança Pública, localizado na sede da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Brasília. A contagem da central da secretaria é maior do que a da PF porque inclui todos os casos de incidentes eleitorais, inclusive, aqueles em que, posteriormente, fica esclarecido que não se trata de irregularidade.

Nas contas do centro do Centro Integrado de Comando e Controle da Secretaria Nacional de Segurança Pública, até as 14h, haviam ocorrido 194 prisões por suspeita de crime eleitoral e 901 ocorrências.

Em visita à central da Secretaria Nacional de Segurança Pública no início da tarde deste domingo, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, informou que há 3 mil procuradores de plantão para atuar nas eleições, se for necessário.

A votação para as eleições deste ano iniciaram no Brasil às 8h. Nos estados em que há diferença de fuso horário, as urnas foram liberadas quando a votação já estava em andamento em outras unidades da federação. O Acre, por exemplo, está duas horas atrás do horário de Brasília.

Em razão da biometria, há registro de filas enormas em diversas zonas eleitorais do país. Eleitores têm reclamado de terem ficado horas na fila para votar.

R$ 2 milhões apreendidos

A Polícia Federal também informou que apreendeu mais de R$ 2 milhões desde que foi ativado, na última segunda (1º), o Centro Integrado de Comando e Controle das Eleições. A central foi criada em parceria com outros 13 órgãos para investigar crimes eleitorais.

Só neste domingo, foram apreendidos R$ 143 mil, considerando-se dinheiro em espécie e bens. Deste total, R$ 44,6 mil em dinheiro vivo.

Metade do dinheiro apreendido, segundo a PF, foi encontrada em malas que estavam dentro de um táxi em Tocantins. A origem e a destinação do dinheiro estão sendo investigadas pelos agentes do centro integrado.

No Amapá, os policiais federais apreenderam na manhã deste domingo, por exemplo, R$ 7 mil em dinheiro vivo e um veículo.

Na primeira semana de trabalho, o Centro Integrado de Comando e Controle das Eleições já está investigando 86 suspeitas de crimes eleitorais. São 74 inquéritos e termos circunstanciados, quando a pessoa é levada para prestar depoimento, assina o termo e é liberada.

De acordo com a Polícia Federal, os crimes eleitorais aumentaram em cerca de 50% na última semana de campanha do primeiro turno.

Urnas substituídas

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou balanço parcial que mostra que, até as 10h deste domingo (7), haviam sido substituídas 310 urnas nas zonas eleitorais do país, correspondentes a 0,06% do total de 454.493 dispositivos instalados para viabilizar a votação. Os dados foram obtidos pelo TSE com os tribunais regionais eleitorais.

Segundo o balanço parcial do tribunal eleitoral, a maior parte das substituições de urnas ocorreram em três unidades da federação.

  • São Paulo: 49
  • Minas Gerais: 46
  • Sergipe: 35

O balanço do TSE também apontou que, até as 10h, nenhuma seção eleitoral havia tido a necessidade de recorrer ao sistema de votação manual.

Fonte: G1