Defender pessoas, sem sombra de dúvida, é uma das principais premissas do Jornalismo. Em qualquer lugar, independente se esteja no local de trabalho. Foi o que fez uma jornalista piauiense, na noite última terça-feira (20/03), ao relatar um caso em que um homem se masturbou num ônibus de Teresina para uma jovem passageira. Com medo, a vítima preferiu não se expor à mídia tradicional, mas a história foi confirmada em um relato no Facebook da assessora de imprensa Soraia Almeida.
A vítima é amiga da prima desta jornalista. Em uma conversa rotineira, inclusive pelo WhatsApp, o desabafo da estudante da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), campus Clóvis Moura, localizado no Dirceu, comoveu e indignou Soraia. “Eu quis expor o machismo e a falta de respeito com nós, mulheres, e o quanto é perigoso andar em público”, bradejou a mesma.
No relato exposto pela jornalista, a menina estava no ônibus da linha Redonda-Dirceu via João XXIII (505). Enquanto gritava e xingava o agressor, os demais passageiros ficavam boquiabertos e estáticos, tenteando entender o que acontecia com uma mulher exaltada no transporte público. O curioso é que, dentre tantas cadeiras vagas, o homem em questão escolheu justamente sentar ao lado da vítima.
O constrangimento da vítima se estendeu da Praça da Bandeira até a Avenida Maranhão, na região central de Teresina. “Ele desceu em uma parada antes da que eu desci. Eu desço em frente à Microlins. Ele se masturbou ao meu lado. Eu estava ao lado da janela e ele ao lado do corredor”, desabafou a jovem à jornalista Soraia Almeida. O homem fugiu.
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“Hoje, por volta das 11h40 da manhã, entrou um homem dentro do ônibus 505, próximo à Praça da Bandeira. Uma estudante da Universidade Estadual do Piauí percebeu que ele se masturbava ao lado dela. Segundo ela, nesse momento já estavam chegando à Igreja São Benedito.
“Ele desceu em uma parada antes da que eu desci. Eu desço em frente à Microlins. Ele se masturbou ao meu lado. Eu estava ao lado da janela e ele ao lado do corredor. Eu desconfiei assim que ele sentou ao meu lado”, disse a jovem.
No ônibus tinham várias cadeiras vazias e ele sentou logo ao lado dela.
Quando chegaram à Maranhão, ela percebeu uma movimentação estranha. Desesperada, a moça levantou e disse:
– o que é isso, moço? Tá ficando louco?
Aí comecei a xingá-lo. Na mesma hora ele se levantou dizendo:
– desculpa, viu?! Eu vou já descer, não precisa gritar. Eu vou já descer.
E eu continuei xingando ele.
Ninguém entendeu. Só depois que ele desceu foi que eu consegui falar para os outros passageiros.
No ônibus tinha uma quantidade próxima a sete pessoas, fora ela, o cobrador, o motorista e ele. Segundo ela, não sabe exatamente quantas pessoas tinham na parte da frente.
A jovem, nesse momento, se sente melhor, pois já consegue falar sobre o ocorrido, mas segundo ela foi horrível.
Gente, agora eu pergunto: O que está acontecendo com Teresina?
Mais respeito por nossas mulheres. Chega. Basta!
PS: a moça prefere que seu nome não seja revelado.
Nós, mulheres nos sentimos mal com tantos homens LIXOS nesse mundo.”
Fonte: Oito e Meia