Ministério Público abre inquérito para investigar atendimento do IML no Piauí

O Ministério Público do Piauí instaurou, na terça-feira (14), um inquérito civil para investigar o atendimento do Instituto Médico Legal de Parnaíba, no litoral do Piauí. De acordo com o promotor Rômulo Cordão, a ação foi movida após o órgão averiguar o caso de um idoso que esperou cerca de 12 horas pela liberação do corpo do genro e da esposa, vítimas de acidente de trânsito.

No caso citado, o Departamento de Polícia Técnico-cientifica (DPTC) comunicou em nota que o médico legista escalado não compareceu por estar doente. A Secretaria de Segurança Pública (SSP), afirmou, também em nota, que a situação foi pontual. Leia as notas completas no fim da reportagem.

“Infelizmente não foi um caso pontual. Vem acontecendo isso de forma reiterada. Na terça-feira (14), nos dirigimos ao IML e percebemos que não só essas vítimas de acidente de trânsito não tinham sido liberadas, como outras, vítimas de morte violenta ainda não tinham sido liberadas”, afirmou o promotor.

“É um serviço essencial, que não pode sofrer interrupção. É uma instituição que trabalha sobre regimes de plantão, então nada justifica que o cidadão vá até lá e não consiga atendimento em tempo razoável”, completou Rômulo Cordão.

O promotor informou que também será investigada a estrutura do IML para os trabalhadores. “Verificamos que faltam motoristas e não há auxiliar de necropsia, mas já temos um procedimento sobre isso em aberto. São questões que precisam ser resolvidas urgentemente”, disse.

IML de Parnaíba.  — Foto: Kairo Amaral/TV Clube

IML de Parnaíba. — Foto: Kairo Amaral/TV Clube

Quanto à quantidade de legistas, Rômulo Cordão afirmou que o número de profissionais do IML de Parnaíba é suficiente para garantir a prestação do serviço.

“São seis médicos legistas, então é uma escala tranquila no sentido de ter profissionais todos dias. Causa perplexidade o cidadão chegar lá e o corpo não ser liberado por falta de legista”, declarou.

Fonte: G1 Piauí