As Forças de Defesa de Israel anunciaram neste sábado (28) a morte do líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah. De acordo com o porta-voz militar israelense de língua árabe, Avichay Adraee, Nasrallah teria morrido em consequência de um ataque aéreo realizado na sexta-feira (27) nos subúrbios ao sul de Beirute, capital do Líbano. O ataque teve como alvo o quartel-general da organização.
Na sexta-feira, o Hezbollah havia comunicado que perdeu contato com Nasrallah logo após o bombardeio israelense. Segundo o grupo, a localização do líder era desconhecida após o ataque que destruiu o complexo do Hezbollah em Beirute. Nasrallah era considerado uma figura central e simbólica na liderança do grupo, conhecido por suas ações e discursos contra Israel.
Adraee afirmou que Nasrallah vinha sendo uma das maiores ameaças a Israel, responsável por liderar uma campanha de terror contra o país por décadas. Sob seu comando, o Hezbollah transformou o Líbano em uma base militar fortemente armada, que representa uma ameaça constante à segurança israelense. Além de Nasrallah, outros líderes de alto escalão da organização estavam reunidos no momento do ataque, e há suspeitas de que também tenham sido mortos.
A operação, segundo fontes do governo israelense, foi planejada para eliminar a ameaça representada pelo Hezbollah. O porta-voz militar acrescentou que a missão foi especificamente dirigida para atingir Nasrallah, que Israel considera “insubstituível”. Autoridades israelenses acreditam que sua morte pode enfraquecer significativamente o grupo extremista, embora o impacto total ainda seja incerto.
O governo iraniano, que apoia o Hezbollah, informou estar verificando a situação de Nasrallah. Até o momento, o grupo extremista não se pronunciou oficialmente sobre o paradeiro de seu líder.
O tenente-coronel israelense Nadav Shoshani declarou que o país está em estado de alerta máximo, antecipando um possível conflito de maiores proporções após a morte de Nasrallah. Ele afirmou que a expectativa é de que a eliminação do líder possa influenciar as ações do Hezbollah, mas alertou que ainda há um longo caminho para degradar totalmente as capacidades militares do grupo.
“Temos visto o Hezbollah realizar ataques contra nós por um ano. É seguro assumir que eles continuarão com esses ataques ou tentarão intensificá-los”, disse Shoshani.
O bombardeio israelense de sexta-feira deixou seis mortos e 91 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde do Líbano. As explosões ocorreram horas depois de o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fazer um discurso na ONU, onde reforçou o compromisso de seu governo em combater ameaças terroristas na região. Durante a madrugada de sábado (28), novas explosões foram relatadas em Beirute, com Israel afirmando que estava atacando depósitos de armamentos do Hezbollah.
Fonte: Meio News