O governador Wellington Dias anunciou, na tarde dessa terça-feira (13), que a reforma da Barragem do Bezerro, em José de Freitas, será realizada independente da ajuda do governo federal. O Governo do Estado ainda tem a expectativa de conveniar a obra com o Ministério da Integração Nacional, mas a impossibilidade da parceria não inviabilizará o projeto.
“Comuniquei ao Ministro da Integração Nacional a necessidade de agilizar a definição sob pena de termos riscos. Com base nisso nos antecipamos com o processo licitatório para realização dessa obra”, afirmou Dias.
Orçado em R$ 16 milhões, o projeto prevê a recuperação da parede, do sangradouro e revitalização total da Barragem do Bezerro. O reforço dará uma solução definitiva para o problema estrutural verificado no fim do período chuvoso desse ano.
“Será construída uma parede paralela a existente formando o que chamamos na engenharia de ‘berma’, em forma de degrau, oferecendo suporte ao que já existe. Mesmo com chuva será possível trabalhar”, explicou o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento do Piauí (Idepi), Geraldo Magela.
Em abril, especialistas apontaram risco de rompimento da Barragem do Bezerro, a partir de um ponto de vazamento encontrado por um pescador. Uma grande operação foi montada para alargar o sangradouro, acelerar o esvaziamento e reduzir a pressão sobre as paredes. Famílias residentes em comunidades próximas ao curso das águas foram removidas de suas casas. Quando o nível do reservatório baixou, a equipe do Idepi fez um reparo emergencial, extinguindo o vazamento.
O episódio chamou a atenção para outra barragem que necessitava de atenção: Emparedados, em Campo Maior. Na audiência com o gestor do Idepi, Wellington Dias determinou realização dos reparos no reservatório de Campo Maior. A intervenção prevê recuperação das paredes e do sangradouro. O investimento é estimado em R$ 4 milhões.
Prioridades
Além das barragens de José de Freitas e Campo Maior, Dias definiu como prioridade para o Idepi, a conclusão da Barragem de Atalaia, no extremo sul do Piauí. Com recursos do Finisa, serão construídas 80 casas para reassentamento dos moradores instalados na área que será inundada. Com a realocação das famílias será possível fechar a barragem e iniciar o armazenamento de água. A barragem de Atalaia, situada entre os municípios de Corrente e Sebastião Barros, possibilitará, entre outros benefícios, a perenização dos rios Corrente e Paraim.
Fonte: Rede Piauí de Noticias