O governador Wellington Dias (PT) e a vice-governadora Margarete Coelho (Progressistas) repercutiram a denúncia feita no Jornal Nacional do último sábado (10/03). No telejornal da Rede Globo, a repórter Neyara Pinheiro trouxe à tona os problemas que moradores de Dom Inocêncio e São Lourenço do Piauí, interior do Estado, passam por causa de projetos inacabados. “Uma obra não depende só do gestor. Muitas vezes ela passa por inúmeras dificuldades: jurídicas, da própria empresa. Às vezes o Estado fica impotente no tocar dessa obra”, justificou Margarete Coelho à imprensa durante a comemoração do seu aniversário no Centro Terapêutico da Fazenda da Paz nesta segunda-feira (12/03).
A vice-governadora alegou ainda que não estão faltando providências por parte do governo para concluir as obras, mas lamentou que os contratempos tenham impossibilitado a conclusão da ponte. “Claro que em determinado momento houve escassez de recursos, mas houve outras dificuldade que já estão sendo superadas. Aquela área é da minha região e sinto falta daquela obra servindo toda aquela população, que é uma região muito carente e precisa de equipamentos públicos para se desenvolver”, ressaltou Margarete.
Já o governador Wellington Dias rebateu às críticas e afirmou que quando deixou o governo a obra estava em andamento. “A obra começou em 2011. Depois paralisou no governo seguinte. Quando assumi [o governo] nós retornamos e já são cerca de 30 km feitos”, disse o chefe do executivo no Piauí ao reconhecer problemas durante a execução da obra, mas afirmar que o governo trabalha para concluir o mais rápido possível.
ENTENDA
Dom Inocêncio e São Lourenço do Piauí foram destaque no Jornal Nacional esta semana pela falta de rodovias que ligam os dois municípios. A obra, que foi iniciada em 2011 e orçada em R$ 26 milhões de reais, ainda não foi concluída. Por conta disso, os moradores estão praticamente isolados e precisam se arriscar dirigindo no chão batido, sem sinalização e separação de vias.
De acordo com a reportagem, um trecho de 20 quilômetros da rodovia foi implantado asfalto, o resto do percurso é todo feito em chão batido e interrompido por uma ponte inacabada. Nesse ponto, o carro para de um lado da ponte e os passageiros atravessam a pé. Para chegar ao outro lado, eles usam duas escadas de madeira, sem qualquer segurança. Os carros maiores atravessam o rio para continuar a viagem. Dom Inocêncio fica localizado a 600 km de Teresina.
“A gente se sente excluído, porque começaram essa estrada e não terminaram”, criticou Diana Dias de Castro, agente comunitária de saúde ao Jornal Nacional.
Fonte: Oito Meia