
O médico infectologista Carlos Henrique Nery Costa alerta que cada pessoa vacinada é uma pessoa protegida contra o novo coronavírus. O especialista ressalta que existe não só a necessidade de proteger a população, mas de protegê-la rapidamente “para que a gente possa sonhar com a imunidade de grupo” e a Covid-19 fique mais estável. Carlos Henrique também defende, diante da gravidade da pandemia, o uso da vacina Sputinik V para avançar com a vacinação no país. Atualmente, o Brasil só possui duas vacinas: CoronaVac e AstraZeneca, mas a produção, no momento, não consegue atender a demanda.
Para o médico, “a vacina é uma absoluta emergência e prioridade para o controle da Covid e para se prevenir mortes por essa doença”. “Além disso, dessa vacinação massiva e rápida, ela é fundamental para a prevenção das novas variantes, que podem ser muito perigosas”, diz. O Brasil, a Índia e a Inglaterra já registram novas cepas.
Sputinik V
Em uma interpretação pessoal, o médico comenta que há um “exagero da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)” sobre a vacina russa Sputnik V. “A vacina está sendo usada largamente em países como o México e a Argentina, inclusive com entidades regulatórias, com resultados excelentes de segurança e de eficácia”.
“Diante da gravidade da pandemia, diante da experiência do México e da Argentina, a vacina deveria ter sido usada plenamente já para uso no Brasil com a quantidade recomendada pelos governadores, de quase 40 milhões de doses, para ser distribuída para todo o país, com todos os critérios. Mas 1 milhão de doses na gravidade da crise no Brasil, é muito pouco na minha opinião”.
“Nós temos que ressaltar a iniciativa dos governadores do Nordeste. De tenta adquirir mais uma vacina, de passar das restrições que sofreram as vacinas CoronaVac e AstraZeneca pela incapacidade de produção na escala necessária no país e por uma série de problemas que estamos acompanhando na CPI (Covid)”.
Carlienne Carpaso
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