Batata doce possui benefícios, mas pode fazer mal se consumida de maneira errada

Já ouviu dizer que a batata-doce faz bem e é melhor do que a batata inglesa, aquela mais comum que comemos? É verdade. Essa raiz é uma excelente fonte de energia que contém diversos minerais e vitaminas importantes para o funcionamento do organismo. Contudo, como todo alimento, pode ser prejudicial se consumida sem orientação e cuidado, causando riscos.

É rica em fibra solúvel e, ao entrar em contato com a água, forma um gel capaz de reduzir a absorção de glicose e lipídios, ajudando a controlar o colesterol e a diabetes. O componente também propicia uma digestão lenta, o que auxilia no trânsito intestinal, contribui com a sensação de saciedade (tira a fome) e fornece energia durante longos períodos. “Outra vantagem da raiz é que ela é um carboidrato de baixo índice glicêmico, que eleva pouco o nível de açúcar no sangue, o que contribui para a saúde cardiovascular e a dieta”, explica a nutricionista Adriana Ávila.

Possui quantidades significativas de minerais como cálcio, responsável pela saúde dos ossos e dentes; magnésio, que ajuda na disposição e energia; ferro, elemento imprescindível para o funcionamento das células; e potássio, determinante para evitar câimbras. Sua composição também tem vitamina A, que auxilia na visão; C, que age fortalecendo o sistema imunológico; B6, essencial para o funcionamento das células; e ácido fólico, que protege o sistema nervoso. Além disso, tem o antioxidante criptoxantina, eficaz contra a ação dos radicais livres, moléculas que podem oxidar células saudáveis, prejudicando o funcionamento do organismo.

A raiz ganhou fama graças aos efeitos positivos para quem pratica atividade física. É um carboidrato que é lentamente absorvido pelo organismo e que não eleva o nível de açúcar no sangue, pois tem um nível glicêmico baixo. Dessa forma, a energia é liberada lentamente durante o exercício, fornecendo combustível do começo ao fim. A batata-doce também possui nutrientes ótimos para quem gosta de se movimentar, como o potássio, que previne cãibras e fraqueza muscular.

Assim como outros alimentos, o consumo excessivo pode trazer efeitos colaterais. Por conter substâncias goitrogênicas, que atrapalham a absorção de iodo, a batata-doce na dieta está associada à incidência de disturbios da tireóide, como o hipotireoidismo, gipertireoidismo, tireoidite de Hashimoto, doença de Graves e câncer de tireoide. Para evitar o dano, é preciso cozinhar o alimento, já que o processo elimina esta característica nociva.

“É recomendado consumir essa raiz em sua versão orgânica”, enfatiza a nutricionista esportiva funcional Giovana Canno. “Essa é uma medida importante porque a estrutura de amido resistente da batata-doce absorve os agrotóxicos, causando diversas desordens metabólicas que podem atrapalhar o emagrecimento e aumentar as chances de doenças como o câncer”, conclui.

Antes ou depois do treino?
O ideal é consumir antes, assim o alimento terá tempo para fornecer energia para a atividade física.

 

Fonte: Vix