27.9 C
Picos

Acusada de participação em morte de cabo do Bope é condenada a 19 anos de prisão

#

Thais Monait Neris de Oliveira foi condenada a 19 anos e 30 dias por participação na morte do cabo Claudemir de Paula Sousa, em dezembro de 2016. Ela foi condenada nesta segunda-feira (20) pelo conselho por homicídio duplamente qualificado.

O conselho de sentença considerou a ré culpada por ter aceitado pagamento pelo cometimento do crime e pelo homicídio ter acontecido com impossibilidade de defesa da vítima.

O juiz Antônio de Reis Nollêto, que presidiu a sessão de julgamento e fez a dosimetria da pena, determinou ainda que fosse cumprido mandado de prisão imediatamente contra Thais, que participou e foi ouvida no Tribunal do Júri.

Em depoimento, ela negou que tenha participado do crime, dizendo que foi envolvida no crime por “gostar de pessoas erradas”, por estar no local com o namorado, Francisco Luan, também acusado de envolvimento no crime.

julgamento teve início por volta das 10h e encerrou às 21h, no Fórum Criminal de Teresina. Thais Monait, que está grávida, esteve presente e foi acompanhada por uma defensora pública. O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Antônio Nollêto, presidiu a sessão de julgamento.

A família da vítima, que foi ao Fórum, não foi autorizada a acompanhar o julgamento presencialmente, que foi transmitido online pelo Tribunal de Justiça.

A família do cabo Claudemir não foi autorizada a acompanhar o julgamento presencialmente — Foto: Arquivo pessoal

A família do cabo Claudemir não foi autorizada a acompanhar o julgamento presencialmente — Foto: Arquivo pessoal

Thaís é ré no processo, acusada de ser responsável por monitorar os passos do cabo e ter dado o sinal do momento que ele saiu da academia para o atirador. Além dela, outros sete foram acusados do crime.

Três deles morreram vítimas de homicídios em diferentes situações: Weslley Marlon SilvaIgor Andrade Sousa e Flávio Willame da Silva (leia mais ao fim da reportagem).

Depoimento da acusada

Thais começou a ser ouvida por volta das 12h30, após depoimento das testemunhas, e disse que estava em casa no momento do crime. Momentos antes, segundo ela, estava em um trailler próximo ao local do crime, por trás da academia, de forma que, segundo ela, não seria possível apontar aos executores quem seria a vítima a ser assassinada.

Ela negou que tenha participado do crime, dizendo que foi envolvida no crime por “gostar de pessoas erradas”, por estar no local com o namorado, Francisco Luan, também suspeito de envolvimento no crime.

Segundo ela, um dia antes, ela descobriu que o namorado estava conversando com outra mulher pelo celular e suspeitou de traição. No dia do crime, ela teria ido ao trailler por trás da academia por insistência do namorado, que queria esclarecer a situação.

{“uid”:”6″,”hostPeerName”:”https://g1.globo.com”,”initialGeometry”:”{\”windowCoords_t\”:0,\”windowCoords_r\”:1366,\”windowCoords_b\”:728,\”windowCoords_l\”:0,\”frameCoords_t\”:5361.927215576172,\”frameCoords_r\”:1234.4444580078125,\”frameCoords_b\”:5511.927215576172,\”frameCoords_l\”:264.4444580078125,\”styleZIndex\”:\”auto\”,\”allowedExpansion_t\”:0,\”allowedExpansion_r\”:0,\”allowedExpansion_b\”:0,\”allowedExpansion_l\”:0,\”xInView\”:0,\”yInView\”:0}”,”permissions”:”{\”expandByOverlay\”:true,\”expandByPush\”:true,\”readCookie\”:false,\”writeCookie\”:false}”,”metadata”:”{\”shared\”:{\”sf_ver\”:\”1-0-38\”,\”ck_on\”:1,\”flash_ver\”:\”0\”}}”,”reportCreativeGeometry”:false,”isDifferentSourceWindow”:false,”goog_safeframe_hlt”:{},”encryptionMode”:null}” scrolling=”no” marginwidth=”0″ marginheight=”0″ width=”970″ height=”150″ data-is-safeframe=”true” sandbox=”allow-forms allow-popups allow-popups-to-escape-sandbox allow-same-origin allow-scripts allow-top-navigation-by-user-activation” role=”region” aria-label=”Advertisement” tabindex=”0″ data-google-container-id=”6″ style=”box-sizing: inherit; margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font: inherit; vertical-align: bottom;”>

Eles estariam monitorando os passos da vítima para indicar o momento exato para que ele fosse assassinado.

Francisco Carlos Pereira dos Santos, policial civil que participou da investigação e da prisão de suspeitos do caso, deu depoimento semelhante, indicando que ouviu dos outros suspeitos que Thais seria a “olheira” e teria dado a “ordem” para o momento da execução do cabo Claudemir.

O cabo Eriosvaldo da Silva Abreu, policial militar, informou que conhecia a acusada e é amigo do pai de Thais, também prestou depoimento. Ele disse que ajudou no momento em que Thais resolveu se entregar.

Os três informaram que em depoimentos anteriores Thais confessou participação no crime. E os três negaram que ela tenha sido torturada para confessar a participação.

Maria Francisca Feitosa de Oliveira, foi a última testemunha a ser ouvida, os outros convocados não compareceram e não foram localizados. Ela é avó de uma das filhas de Thais (ela possui dois filhos e está grávida do terceiro) e disse não ter conhecimento de detalhes do envolvimento da acusada no crime.

Fonte: G1 Piauí

Márcio Lopes
Márcio Lopeshttps://www.infonewss.com
Colaborador do Portal Info Newss.
Veja também
Notícias relacionadas