13º Salário deve injetar R$ 2,8 bilhões na economia do Piauí

Até o dia 29 de novembro os trabalhadores brasileiros formalmente enquadrados receberão o 13º Salário de 2024 ou a primeira parcela dele. Um dinheiro aguardado por quem precisa, o 13º ajuda na hora de colocar as contas em dia ou de realizar aquele plano tão esperado ao longo do ano.

A lógica é simples: se o trabalhador está com dinheiro na mão, ele automaticamente movimenta a economia comprando, investindo.

Um estudo publicado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (DIEESE) aponta que o 13º Salário pode injetar R$ 2,89 bilhões na economia do Piauí. A estimativa é de que 1,18 milhão de piauienses recebam um benefício médio de R$ 2.096,74.

O valor será pago aos trabalhadores do mercado formal, incluindo empregados domésticos com carteira assinada, além de beneficiários da Previdência Social, aposentados e pensionistas da União, estados e municípios. Mas, afinal, o que fazer com o 13º Salário?

Erli Bandeira, especialista em investimento, explica que o trabalhador deve eleger algumas prioridades para fazer o dinheiro render. O primeiro passo é analisar suas obrigações e quitar suas dívidas. “Use o décimo terceiro para reduzir ou quitar suas dívidas, focando primeiro nas de maior custo. Se houver saldo positivo, considere linhas de crédito mais acessíveis para facilitar a quitação. Com uma análise de crédito personalizada, é possível reduzir juros e aliviar o orçamento mensal em 2025, abrindo espaço para outras metas financeiras”, orienta.

Depois de reestruturar as dívidas, é importante pensar nos imprevistos e garantir uma segurança financeira que evite novos endividamentos. O especialista em investimento diz que o 13º pode dar o impulso para começar ou fortalecer uma poupança. “Aplicações de fácil acesso, como contas remuneradas, RDCs com liquidez diária ou fundos de alta liquidez, são ideais, pois permitem acesso rápido ao dinheiro e, ao mesmo tempo, protegem o poder de compra, mantendo o associado protegido”, garante.

Outro passo é investir no longo prazo. Com as dívidas sanadas e um colchão financeiro, é preciso pensar na aplicação em produtos previdenciários ou fundos com foco em médio e longo prazo. Erli Bandeira fala sobre a formação de um fundo para a educação dos filhos, por exemplo. Mas antes de qualquer investimento, é importante avaliar o perfil de risco alinhado ao horizonte financeiro e aos objetivos que se tem.

Há quem use o 13º Salário para investir em si mesmo e na própria qualificação profissional. Melhorar a formação e as habilidades profissionais é uma forma de investimento que pode refletir na geração de renda a longo prazo. Com financiamentos educacionais ou descontos específicos oferecidos por instituições cooperativas de crédito, você pode viabilizar esse plano com condições atrativas, fazendo um investimento que se paga ao longo do tempo e amplia suas oportunidades no mercado”, diz Erli.

Mas se o objetivo for mais curto como uma viagem, uma reforma ou a compra de um veículo, investir de maneira programada pode ser mais eficiente. Erli Bandeira explica que investir o 13º Salário em um plano de investimento ou consórcio programado com aportes mensais automáticos facilita o controle e mantém a disciplina. “Esse método de investimento escalonado também dilui os riscos do mercado e garante que o valor total seja alcançado sem grandes sacrifícios, ao mesmo tempo em que favorece a criação de um hábito de investimento. Tenha um planejamento financeiro. Direção é melhor que velocidade”, orienta o especialista em investimento.

Vale lembrar que o dia 29 de novembro é a data limite para pagamento do 13º Salário ou da primeira parcela do décimo. Mas caso a empresa tenha dinheiro em caixa, o pagamento pode ser antecipado. Se dividido, a segunda parcela deverá ser paga até o dia 20 de dezembro.

Fonte: O Dia