
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), concedeu entrevista à Folha de São Paulo, onde falou sobre seu apoio à reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Na semana passada, o governador petista esteve reunido com Maia. No entanto, o PT ainda não definiu formalmente quem vai apoiar, mas chegou a classificar o presidente da Câmara como um mal menor na disputa anterior depois que o PSL – partido de Bolsonaro – fechou apoio a Maia.
“O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi correto com os governadores e com pleitos que interessavam ao Piauí. Organizaram um chapa para vencer a eleição. O meu partido teve um entendimento com outros partidos no sentido de uma chapa em torno do nome de Maia. Eu manifestei apoio a esse caminho. Qual a novidade? O presidente Maia me disse aqui que fez essa aproximação com o PSL. Nela, o que foi pedido, era equivalente à proporção do partido, que tem a segunda maior bancada na câmara, e a posição dele é que se trata da mesa diretora da Câmara, que normalmente, quando se compõe por acordo, ela tem partidos de quem é da base do governo e quem é da oposição. Então, diz que mantém a posição de trabalhar com independência, com respeito à pauta do nosso campo político, respeito aos entendimentos feitos anteriormente. Então o que eu manifestei para o meu partido é que deveríamos sentar após essa novidade da presença do PSL, que vinha organizando uma outra chapa, para a partir daí tomar uma decisão, mas que pudesse ver essa opção de ter Rodrigo Maia como presidente da casa”, declarou Dias.
Questionado sobre a dificuldade em explicar para um eleitor comum a união do PT em torno de um nome alinhado a Bolsonaro, Wellington Dias afirmou: “O fato é que nós estamos falando da mesa diretora da Câmara e do Senado. É claro que quem é presidente tem um poder de força, tem uma condição de uso dessa força em favor de a ou de b, mas, para isso mesmo, é positivo o acordo. As regras do funcionamento da Câmara são estabelecidas”.
Com relação ao apoio do PT ao deputado federal Marcelo Freixo, que lançou sua candidatura à presidência da Câmara pelo PSOL, o governador voltou a defender o nome de Maia: “Apenas entendo que não pode ser esquecido que havia um entendimento já bastante avançado em torno do nome do Rodrigo Maia. É possível tomar uma outra posição? Sim. O que eu defendo é que não se despreze os passos que já foram dados nesse entendimento. A delicadeza do momento exige uma responsabilidade bem maior”.
FONTE: Portal R10