Walter Feldman confirma início do Brasileirão em agosto sem público

Por Francy Teixeira

Na edição do Jogo do Poder desta segunda-feira, 29 de junho, o secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Walter Feldman, foi entrevistado pelos jornalistas Amadeu Campos, Arimatéa Carvalho, Ananias Ribeiro e Sávia Barreto. Na ocasião, o gestor confirmou o planejamento para o início do Campeonato Brasileiro da série A em 09 de agosto, apontando a articulação da entidade para viabilizar a logística, principalmente aérea para que os jogos possam ser realizados.

“Primeiro vamos deixar bem claro que quem volta inicialmente são os campeonatos estaduais, os presidentes das Federações estão conversando com as autoridades; há uma condicionante, finalizamos uma data que foi pedida pelos clubes, onde haver uma cidade onde não há autorização, os clubes se comprometeram a jogar noutra cidade. Da mesma série B, marcada uma data para o dia 08, data sinalizada, nos próximos dias pode haver a sinalização de uma outra data; e também logo  poderemos  ver a questão da série C e D, dependendo da volta dos estaduais”, disse.

Feldman sinalizou que a CBF elaborou um protocolo, referendado por  140 médicos e aprovado pelo Ministério da Saúde, que baliza a realização de exames, distanciamento social, testagem, dentre outras medidas.

“Primeiro que o retorno queria assegurar por meio de um protocolo bem elaborado, temos algo científico, atualizado e bem elaborado, e achamos que cada Federação tem sua autonomia, esta do Campeonato Carioca é bem específico e vamos aguardar para ver o desdobramento desta decisão”, disse.

Auxílio para as federações

O secretário-geral da Confederação reiterou que as federações estão sendo ajudadas, de acordo com Feldman, cada competição demanda investimento mínimo de R$ 500 milhões e mesmo sem entrada nos últimos meses, a CBF vem se esforçando para dar as condições mínimas aos clubes.

“A CBF já destinou recursos relevantes para a série C e D, e agora está finalizando um recurso para a série A e B, para que os clubes tenham as condições mínimas de retornar. Hoje não há nenhuma entrada e a CBF tem que se preparar para sempre investir R$ 500 milhões, essa decisão inclusive de passar para o  final do ano está sendo tomada para que haja uma proximidade da competição deste ano com a de 2021”, frisou.

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Sobre a Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro que autoriza os clubes a negociarem individualmente os direitos com as emissoras, Feldman demonstrou posicionamento favorável.

“Em termos de conteúdo achamos a Medida positiva, porque dá maior autonomia para o Clube negociar. Ela deve ter um bom debate na Câmara e no Senado para que produza melhores resultados ao nosso futebol”, disse.

Em relação aos contratos já firmados, não há alteração. “Não mexe na atual estrutura, há contratos até 22 e 24 e eles não serão alterados, a não ser aqueles clubes que não possuem contratos”, apontou.

Presença da torcida

No que se relaciona ao protocolo da CBF, o secretário-geral destacou que ainda não há previsão no protocolo, sinalizando, porém, que cada federação tem autonomia, como no caso do Campeonato Carioca, onde a Prefeitura liberou jogos com 30% do público. Nosso protocolo foi estudado por 140 médicos e aprovado pelo Ministério da Saúde, é uma referência no setor, e contempla tudo em distanciamento social, responsabilidade da saúde, não está contemplado no protocolo da CBF a autorização do público. Torcida neste momento nosso protocolo não contempla”, destacou.

Feldman ainda sinalizou. “O retorno do campeonato nacional depende de uma logística da malha aérea, por isso nesse momento achamos importante o retorno dos estaduais. Vamos aos poucos retomando a malha aérea, é um jogo combinado, o Brasil foi o único país do mundo que garantiu em 50 dias o retorno dos campeonatos”, contemplou.

Feldman confirmou a tendência da Taça Libertadores e Brasileirão se estenderem por 2021. “Essa é a tendência tanto do Brasileirão, é inexorável, e na sintonia fina que temos com a Conmebol estamos tendo reuniões semanais e aguardando o anúncio da data para fazer a adaptação ao calendário brasileiro”, analisou.

Fonte: Meio Norte