Vídeo mostra suposta comemoração de morte de irmãs por membros do “tribunal do crime” em Teresina

Um vídeo que circula nas redes sociais está sendo associado a comemoração de integrantes de uma facção criminosa pelo morte das irmãs Joicinéia Dias da Silva, 23 anos, e Francinete Pereira da Silva Neta, 24 anos.

Os corpos das vítimas foram encontrados neste sábado (16), em uma área de mata de difícil acesso próximo ao residencial Edgar Gayoso, na região da Santa Maria da Codipi, na zona Norte de Teresina.

— Corpos encontrados em cova rasa são de irmãs desaparecidas em Teresina

No vídeo, aparece uma reportagem sobre o caso do desaparecimento das irmãs. O autor do vídeo usa códigos: “os mmnu do seu chico ataca novamente”.

Em seguida, um rapaz mostra uma arma com munições. Ele também faz um gesto com os dedos que seria em alusão a uma facção criminosa. Em outro momento do vídeo, três rapazes com os rostos encapuzados, um deles armado, aparecem dançando e fazendo gestos em alusão a facção.

Um das vítimas também é vista no vídeo com rosto machucado, em um terreno e repetindo o gesto em alusão a facção. Segundos depois, o corpo dela é visto no vídeo. Ao final, supostos integrantes de uma facção aparecem soltando fogos de artifícios.

Devido ao conteúdo, não será publicado o vídeo.

Entenda o caso

As irmãs Joicinéia Dias da Silva, 23 anos, e Francinete Pereira da Silva Neta, 24 anos foram consideradas desaparecidas no dia 13 de novembro. O Cidadeverde.com apurou que as duas mulheres teriam saído de casa para um suposto encontro com criminosos que pertencem à grupo rival ao qual pertencem seus companheiros, que estão recolhidos no Sistema Prisional do Piauí.

Uma delas saiu levando a própria filha de 4 anos. A menina foi encontrada por populares na frente de Unidade Básica de Saúde (UBS) e pode ter visto a própria mãe sendo torturada e morta. O filho da outra vítima, um menino de seis anos, foi deixado na casa de familiares.

No sábado (16) o corpo das duas foi encontrado em uma cova rasa com sinais de tortura. A suspeita é que elas tenham sido julgadas pelo “tribunal do crime”.

O perito-chefe do Instituto Médico Legal, Antônio Nunes disse que o reconhecimento das duas foi realizado por meio das impressões digitais. Ele afirmou que ainda é preciso avançar na análise dos corpos para confirmar a causa da morte e se as duas mulheres foram torturadas antes de serem assinadas e enterradas. O caso segue em investigação pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Fonte: Cidade Verde