Turista brasileira é vítima de estupro coletivo na Índia

Uma turista brasileira sofreu um estupro coletivo na cidade de Dumka, no nordeste da Índia, segundo a polícia local e relatos da vítima. Neste domingo (3), autoridades indianas afirmaram que quatro suspeitos foram presos. O crime ocorreu na noite de sexta-feira (1).

Fernanda estava junto com o marido, Vicente, que é espanhol. Os dois são influenciadores e fazem viagens de moto pelo mundo. O casal foi atacado e roubado por um grupo enquanto acampava. As embaixadas brasileira e espanhola acompanham o caso.

“O meu rosto está assim, mas não é isso que me dói mais. Pensei que íamos morrer, mas graças a Deus estamos vivos”

Fernanda

em story publicado no seu Instagram no qual mostra o rosto machucado

O casal relatou num vídeo publicado no Instagram que foi atacado por um grupo de sete homens, que agrediram os dois, roubaram pertences e estupraram Fernanda. O jornal espanhol El País contou que a postagem depois foi deletada por orientação da polícia para não prejudicar as investigações.

A polícia local disse ao jornal indiano The Indian Express neste domingo (3) que quatro suspeitos foram presos, e outros haviam sido identificados e eram procurados.

O casal recebeu atendimento médico e prestou depoimento. A embaixada brasileira em Nova Déli afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que está em contato com Fernanda, que também tem nacionalidade espanhola, e que atua em coordenação com as autoridades consulares do país europeu para prestar assistência à brasileira. Neste domingo (3) o casal publicou um novo vídeo agradecendo ao apoio de seguidores, desejando a prisão rápida dos responsáveis pelo crime e pedindo que a população indiana não seja estigmatizada pelo ocorrido. “Não pense que a Índia é assim, a Índia é um grande país, que vale a pena visitar, com suas coisas boas e coisas ruins”, disse Vicente.

A Índia foi considerada um dos países mais perigosos para mulheres numa pesquisa global da Fundação Thomson Reuters realizada com especialistas na área em 2018. A agência Reuters destacou, ao noticiar o levantamento, que pouco havia sido feito para enfrentar a violência de gênero após o estupro coletivo e assassinato de uma estudante ter mobilizado o país em 2012.

Fonte:  NEXO