Terapeuta denuncia ter sofrido assédio de advogado preso suspeito de estuprar faxineira

Uma terapeuta denunciou nessa sexta-feira (16) os assédios que teria sofrido pelo advogado Jefferson Moura Costa, preso suspeito de estuprar uma faxineira em seu apartamento, na Zona Leste de Teresina. O caso foi registrado como importunação sexual na Delegacia da Mulher. O G1 não conseguiu contato com a defesa do advogado.

A profissional contou que se sentiu motivada pelo relato de outras vítimas do advogado. Quatro mulheres denunciaram que foram estupradas pelo suspeito, de acordo com a Delegada Vilma Alves, coordenadora da Delegacia de Atendimento à Mulher.

“Eu fiquei muito assustada quando soube da notícia da prisão dele. Na mesma hora eu pensei que poderia ter sido a próxima vítima de estupro, pois eu tinha atendido ele no mesmo dia da ocorrência com a faxineira. Eu me salvei por sorte”, contou.

A terapeuta contou que o primeiro episódio de assédio ocorreu em 2018, durante uma sessão com o advogado. Segundo ela, Jefferson ficou se masturbando enquanto ela fazia a terapia nele.

“Eu perguntei se ele estava bem e o mesmo respondeu que estava sentindo tesão. Então falei que era reação particular dele e que eu mesma não tinha nada a ver. Já em uma segunda sessão nessa terça-feira, o advogado ficou por debaixo da máscara me chamando de gostosa e quando eu falei que assim não dava para seguir com a terapia. Ele me deu parabéns, falou que eu era muito profissional e tentou me dar um abraço, mas eu recusei e sai”, revelou.

Segundo a vítima, o advogado dizia que estava desempregado e a procura de uma mulher para manter um relacionamento. Mas ao mesmo tempo, a conversa dele era confusa.

A profissional incentivou as mulheres a denunciarem casos de assédio, não tolerar e nem relativizar o problema. Ela pediu para que as vítimas não se sintam culpadas e duvidem das ações, mesmo que sutis.

“Terminei sendo vítima dele e todas as mulheres assediadas por ele estavam prestando serviço. Tenho duas amigas, que também foram vítimas dele, e ainda não procuraram a delegacia”, comentou.

Fonte: G1 Piauí