O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), conduziu nesta quarta-feira (22) dois suspeitos de um duplo homicídio ocorrido em 19 de agosto deste ano, em uma barbearia, no bairro Água Mineral, onde foram mortos o barbeiro Jackson Douglas Rodrigues de Souza, de 26 anos, e o cliente João Paulo Sousa, de 38 anos que estava sendo atendido no momento do crime.
Segundo o delegado Genival Vilela, durante as diligências realizadas, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados.
“Um deles estava com um celular com restrição de roubo e furto. Ambos foram inquiridos e, em seguida, liberados. Estamos verificando se há alguma informação útil que ajude na elucidação do crime. Neste momento, os conduzidos são apenas investigados, mas podem vir a ser indiciados conforme o avanço da investigação”, disse o delegado.
Sobre a motivação do crime, o DHPP trabalha com a hipótese de conflito entre facções criminosas.
“Desde o início, a linha de investigação aponta para uma disputa de facções. A vítima Jackson Douglas, em algum momento, teria tido ligação com uma facção, e a rival, ao tomar conhecimento, decidiu executá-lo. Ele já vinha sofrendo ameaças, e estamos apurando se os autores das ameaças são os mesmos que o mataram”, explicou Vilela.
A polícia acredita que pelo menos duas pessoas participaram diretamente da execução, mas há indícios de outros envolvidos na preparação do crime. “As investigações continuam, e o caso ainda está em fase de conclusão”, apontou o delegado.
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Genival Vilela explicou ainda que, no dia 3 de setembro, poucos dias após o crime, um homem bastante conhecido da polícia, que tinha quatro mandados de prisão em aberto, foi preso portando uma arma de fogo que, segundo laudo pericial, foi usada no duplo homicídio.
“Esse indivíduo reagiu à abordagem policial, foi baleado e está hospitalizado. Assim que possível, será ouvido para esclarecer as circunstâncias do caso”, concluiu.