Um homem apontado como integrante de facção criminosa morreu durante confronto com policiais do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) na cidade de Regeneração, no interior do Piauí. Segundo o delegado Charles Pessoa, coordenador da especializada, ele recebeu as equipes a tiros que reagiram.
O suspeito morto em confronto com o Draco respondia a cinco processos na Justiça. Wanderson Pereira de Sousa, que era conhecido como “Cachorro Louco”, “Magão” e também “Deus é Fiel” recebeu os policiais a tiros e acabou alvejado durante operação.
Wanderson foi abordado em uma área de mata e portava dois revólveres. O Draco também apreendeu drogas que estavam com ele.
A morte ocorreu durante cumprimento de mandado da operação ‘Disciplina” deflagrada na Capital e mais 12 cidades no estado. No foco estavam suspeitos de liderar organizações criminosas com atuação no Tribunal do Crime e que seriam os responsáveis pela estrutura interna do grupo para julgar, tanto membros rivais, quanto integrantes do próprio grupo, impondo punições que frequentemente envolvem tortura e, em casos extremos, execução.
Para o coordenador do Draco, o caso trata-se de legítima defesa.
“É um caso de legítima defesa. Nosso objetivo era fazer a prisão de um criminoso. Infelizmente, ele reagiu à abordagem, efetuou disparos e tivemos que conter a injusta agressão. São situações que a gente se depara. Esses criminosos não respeitam mais as forças de segurança. Tivemos um caso recente que um de nossos policiais perdeu a vida, mas hoje, mesmo com confronto, nossos policiais voltaram pra casa”, disse o delegado.
A operação
Ao todo, foram cumpridos 30 mandados de prisão e 40 de busca e apreensão, abrangendo a capital e os municípios de Floriano, São Raimundo Nonato, Piracuruca, Água Branca, Campo Maior, Canto do Buriti, Picos, Altos, Regeneração, Itaueira, Brejo do Piauí e Colônia do Gurguéia.
Segundo o delegado Charles Pessoa, coordenador do Draco, o “tribunal do crime” é uma estrutura interna da facção utilizada para julgar tanto membros rivais quanto integrantes do próprio grupo.
“Trata-se de um mecanismo brutal que visa controlar a conduta dos envolvidos e manter a disciplina interna através de métodos de força e intimidação. A prática tem sido amplamente combatida pela segurança pública do Piauí, que atua para desmantelar essa estrutura de terror e proteger a ordem pública”, explicou o delegado.
Fonte: Cidade Verde