A Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) divulgou, na manhã desta sexta-feira (12), que há 17 casos suspeitos de varíola dos macacos, transmitida pelo vírus monkeypox, no estado. Até o momento, 23 casos foram notificados, sendo cinco descartas e 17 ainda sob investigação. No início deste mês, o Piauí confirmou o primeiro caso da doença.
As notificações ocorreram nas seguintes cidades: Barras, Batalha,Cocal, Curralinhos, Esperantina, Hugo Napoleão , Itaueira , Parnaíba , Pedro II, Teresina e União. De acordo com a secretaria, a maioria das pessoas com suspeita da doença possuem idades entre 25 e 39 anos.
“A gente precisa conhecer esse perfil e saber como notificar esses casos, por isso fizemos essa capacitação para esclarecer todas as formas de fornecer as informações do quadro epidemiológico dos indivíduos suspeitos”, declarou a coordenadora de epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa.
Capacitação de profissionais e plano de contingência
Nessa quarta (10) e quinta-feira (11), profissionais das vigilâncias de saúde dos 224 municípios piauienses foram capacitados em relação ao trabalho de diagnóstico da monkeypox. Após o treinamento, as autoridades de saúde estão trabalhando na elaboração de um plano de contingência para o manejo da doença.
Segundo a Sesapi, o documento com o plano de contingência será disponibilizado nas unidades de saúde do Piauí e vai conter todas as etapas de manejo clínico, vigilância, coleta de material, cadastro epidemiológico, diagnóstico e as formas de repasse de informações para a comunidade.
“Este instrumento conterá todas as etapas do processo, que auxiliará os profissionais de saúde, que irão lhe dar diretamente com esses pacientes. E a Sesapi com essa capacitação se preocupou em prepará-los para entender o fluxo dessa doença. Além de cumprir as etapas exigidas pelo CIEVS nacional dos municípios, que é a padronização da informação. Porém, antes dessa capacitação, a secretaria já havia elabora informes técnicos e disponibilizamos os mesmos aos gestores municipais”, afirmou Amélia Costa.
Sintomas
A doença é transmissível de paciente para paciente, principalmente na fase em que as feridas características da varíola murcham. As erupções — que podem ter aparência levemente diferente em tons de pele distintos — podem contaminar as roupas e os lençóis.
É preciso contato próximo e prolongado (muitas vezes com a pele) de uma pessoa infectada. No momento, existem muito poucas pessoas no mundo com a doença, o que significa que as oportunidades de contágio não são muitas.
Se você tiver contraído a varíola dos macacos, a primeira coisa que irá notar são sintomas similares à gripe — cansaço, mal-estar geral e febre. É o que os médicos chamam de “período de invasão” da doença, quando o vírus entra nas suas células.
Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas.
Veja os sintomas iniciais mais comuns:
- febre
- dor de cabeça
- dores musculares
- dor nas costas
- gânglios (linfonodos) inchados
- calafrios
- exaustão
Como se proteger
O uso de máscaras, o distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.
Fonte: G1 Piauí |Foto: ADRIANA TOFFETTI/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO