
A Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), em parceria com o Governo Federal e organizações sociais, tem ampliado as políticas públicas voltadas à segurança hídrica no semiárido do Piauí. Através de iniciativas como o Programa Cisternas (MDS), o Piauí Inclusivo e Sustentável (PSI) e a colaboração com a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), o estado avança na construção de cisternas e outras ações para garantir acesso à água potável a famílias da zona rural.
A secretária da SAF, Rejane Tavares, destaca que os investimentos são estratégicos para enfrentar os efeitos da estiagem e dar suporte à agricultura familiar. “É o Governo do Estado atuando quando o semiárido mais precisa, levando infraestrutura, dignidade e segurança hídrica para quem vive no campo”, afirmou.
A meta, segundo a gestora, é alcançar mais de 20 mil cisternas entregues até o próximo período de seca. Em 2025, o Programa Cisternas já conta com um investimento superior a R$ 36 milhões no Piauí, beneficiando diretamente 1.439 famílias com a previsão de 4.769 unidades construídas. Até o momento, 195 cisternas já foram entregues e 932 pessoas capacitadas para o uso e manejo adequado do sistema.
Na comunidade Dominguinhos, em Simplício Mendes, a agricultora Edimara Costa relatou a mudança na rotina da família após receber uma cisterna. “Era um sofrimento para buscar água, carregar baldes no carrinho de mão. Hoje é outra vida”, disse. O esposo, Roni Vieira, também celebrou a conquista. “Ter água perto da gente é diferente, o sofrimento diminui mais um pouco”, afirmou.
Cada cisterna tem capacidade de armazenar até 16 mil litros de água da chuva. Além da estrutura, as famílias passam por capacitações sobre o uso seguro da água, como explicou Júnior Barras, coordenador técnico da Kolping Piauí. “A água é vida, mas precisa ser tratada corretamente. A capacitação garante que esse recurso seja aproveitado da melhor forma possível”, ressaltou.
Com recursos do PSI, outras 500 cisternas ainda serão construídas em territórios como Vale do Canindé, Serra da Capivara, Vale do Itaim, Vale dos Rios Piauí e Itaueira, e Vale do Guaribas, fortalecendo a autonomia hídrica das famílias do campo e contribuindo para a resiliência da agricultura familiar frente aos desafios climáticos do semiárido.