O Brasil é um país que valoriza os “pronomes de tratamento”. Autoridades nos três poderes gostam de ser tratadas de excelência, embora a designação deste verbete com jeito de adjetivo qualificador positivo nem sempre caia bem à autoridade designada.
No Judiciário além de excelência, os magistrados são chamados como meritíssimos, como a se reafirmar sua condição meritória superior aos demais detentores de poder numa República cujas primeiras disposições constitucionais dizem que todos são iguais perante a lei, mas nem tanto.
Criou-se no Brasil até um pronome de tratamento típico, o de magnifico, para designar os reitores de universidades – embora o caráter da magnificência não caiba.
Nesse universo em que a autoridade é designada por qualitativos, convém lembrar que bastaria num universo republicano tratar as pessoas por senhor e senhora, com o devido e necessário respeito, desde que respeito as pessoas se impunham a si e, assim, naturalmente se façam impor a terceiros.
Assim, ante o vídeo do vice-prefeito de Teresina, senhor Robert Rios, bebendo um cálice de vinho e fazendo um gesto obsceno é um destruidor da necessidade de se tratar como excelência ou coisa que o valha as autoridades – a menos a dele, Robert Rios, conferida de modo legal, legítimo e democrático pelo povo de Teresina, que, neste caso, foi colocado na posição de pária pelo segundo mais importante funcionário público da cidade.
Enfim, todo mundo sabe, o delegado aposentado e atual vice-prefeito de Teresina, Robert Rios, é um grande marqueteiro. Ele não sai da mídia, ainda que com “causos” totalmente desfavoráveis e até aniquiladores de sua imagem. Como se vê agora.
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Fonte: Portal Az