Reportagem destaca a retomada da produção de caju em Monsenhor Hipólito e região; Assista

Uma reportagem do programa “Piauí que trabalha”, da TV Cidade Verde, destacou a volta da produção em larga escala dos cajueiros e a importância do cooperativismo para a revitalização da cajucultura na região de Picos após 5 anos de seca.

No município de Monsenhor Hipólito, áreas estão sendo replantadas e o pequeno cajueiro, com apenas um ano de plantado já tem flores e frutos, o mais animador sinal dos bons tempos na região que mais produz a fruta no estado do Piauí.

O produtor de caju Joaquim Santos comemora a produção deste ano e diz que com inverno tudo fica mais fácil. “Produziu bem esse ano, e nós ainda estamos esperando daqui mais pra frente produzir melhor, com inverno fica tudo mais fácil, com esse tanto de seca que tinha, esse tempo de seca aí nós perdemos muitos pomares de cajueiro. Agora a chuva veio em abundância e graças a Deus deu pra gente recompor muitos cajueiros e botar bem o fruto já esse ano”, avaliou.

“Esse aqui é o ouro do nosso nordeste, o ouro nosso é esse aqui, aqui é importante para todo mundo da região, gera renda pra todo mundo, não é só pro produtor não, é pra microrregião todinha”, destacou o produtor.

Só na região de picos a área plantada com cajueiro chegou a 130 mil hectares, mas a estiagem reduziu os pomares pela metade. A saída foi replantar as áreas atingias pela seca.

A retomada da cajucultura no sertão do Piauí tem no cooperativismo uma força importante, só a Central de Cooperativas de Cajucultores da região é responsável pelo plantio ou replantio de 2 mil hectares só este ano.

Jocibel Belchior Bezerra, presidente da Central de Cooperativas dos Cajucultores do Estado do Piauí (Cocajupi) e secretário de agricultura do município, disse que hoje o agricultor está feliz com a atividade da cajucultur, que segundo ele tem deixado muito resultado na região. “No ano passado nós já tivemos uma melhoria com relação a 2016, algo em torno de 30%, o aumento da safra, e esse ano acredito que nós vamos ter aí um percentual também bem satisfatório com relação a safra do ano passado. Eu acredito que esse ano nós já vamos ter um aumento em torno de 30  e 35, mas já com relação a safra do ano passado. Isso nos deixa muito satisfeitos, o nosso agricultor, hoje, está feliz com  a atividade da cajucultura, muito embora o preço da matéria-prima não esteja como foi pago no ano passado, mas a gente sabe que o que foi pago o ano passado era uma coisa fora da realidade da cajucultura e esse ano é um preço muito satisfatório, é um preço que está girando no mercado  em torno de 3,50 a 3,70 a castanha in natura e o pedúnculo, esse que deu uma caída, está hoje para o produtor em torno 30 a 40 centavos, mas mesmo assim essa atividade está deixando muito resultado na região”.

Jocibel também destacou a importância do cooperativismo para revitalizar a cajucultura na região. “Nós tivemos aqui um projeto piloto, através da Cocajupi, aonde a gente pôde por em prática aquilo que a gente vinha discutindo, que não era só a questão da muda. Por muito tempo já foi distribuído muda, mas precisamos ir além da distribuição de mudas e esse projeto contemplou a muda, a assistência técnica, a incorporação do calcário, o uso do hidrogel no momento do plantio da muda e isso deu muito resultado. Nós temos aqui cajueiro com um ano já produzindo, coisa que antigamente para esperar essa produção, seria a partir do segundo ano, e já no primeiro ano a gente já vê produção”, continuou o presidente da Cocajupi.

“Ver o cajueiro novamente produzindo e produzindo muito é a certeza de poder ficar no campo. Porque é muito doloroso, pra quem já passou por isso, ter que deixar a sua família, migrar pra grandes centros nesse período de entre-safra pra buscar a sua sobrevivência e mandar também pra sua família. Não precisa sair do ceio da sua família, eu acho que é a maior felicidade”, finalizou Jocibel Belchior.

Assista a reportagem:

Com informações e imagens da TV Cidade Verde