
Representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Piauí (Sinte) e da Secretaria de Estado da Administração e Previdência (Seadprev) se reuniram na manhã desta segunda-feira (14) para tentar acordo sobre o reajuste para professores da rede estadual de ensino.
O governo ofereceu 14% de reajuste para os servidores ativos e inativos:
- 10% de reajuste salarial;
- 4% de aumento no auxilio alimentação, que seria incorporado ao salário;
O valor é uma contra contraproposta à demanda da categoria de 33%, conforme reajuste definido pelo Governo Federal.
Ao g1, a presidente do Sindicato dos Professores da Rede Estadual do Piauí (Sinte), professora Paulina Almeida, disse que a proposta será avaliada pela diretoria do sindicato e, em seguida, pelos professores em assembleia a ser realizada na próxima semana.
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Paulina Almeida, presidente do Sindicato dos Professores da Rede Estadual do Piauí (Sinte) — Foto: Lucas Marreiros/g1
Enquanto isso, a greve, que chegou ao 33º dia nesta segunda, está mantida. Para a professora, o ideal seria que fosse concedido o aumento completo, de 33%, que foi determinado pelo governo federal.
“É preocupante. No entanto, nessa proposta, chega-se à paridade. Todos, tanto ativos como inativos recebem os percentuais, mas é uma proposta que tem que ser avaliada pela categoria”, disse Paulina Almeida.
Piso salarial dos professores
Segundo o secretário de governo Osmar Júnior, que participou da reunião entre governo e professores, o governador deve encaminhar a proposta para a Assembleia Legislativa, para que o piso dos professores do estado seja definido por lei em R$ 3.845.
Atualmente, o salário é de R$ 3.451,20 para o docente 40 horas. O piso foi anunciado pelo governador Wellington Dias (PT) no início de fevereiro.
Segundo o governo, é preciso seguir os critérios da Lei do Fundeb – Lei 14.113/2020, que em 2020 ampliou o percentual mínimo de investimento em salários, passando de 60% para 70%.
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Osmar Júnior, secretário de governo — Foto: Roberta Aline/Ccom
No ano de 2021 não houve reajuste do piso por parte do Governo federal. Segundo Osmar Júnior, o reajuste proposto causará um impacto de aproximadamente R$ 600 milhões na folha de pagamentos do estado.
O secretário disse ainda que o governo usará “todos os recursos a dispor” para garantir o retorno das aulas presenciais. “O governo não vai contemporizar diante de uma atitude que nega ao estudante piauiense da rede pública do direito à aula presencial num momento tão grave da vida brasileira”, disse.
Fonte: G1 Piauí