Processo de privatização da Eletrobras pode ser discutido na CPI da Equatorial

Nessa terça-feira (04), em entrevista ao Portal R10, o deputado estadual Evaldo Gomes (Solidariedade), falou sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Equatorial instalada na Assembleia Legislativa do Piauí para investigar a má prestação de serviço pela empresa de energia. Toda semana haverá reunião da CPI.

Segundo o parlamentar, o processo de privatização da Eletrobras pode ser discutido durante a comissão, que ocorrerá de forma unificada no Ceará e em São Paulo.

Foto: Reprodução
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A comissão terá duração de quatro meses e, segundo Evaldo Gomes, a CPI evitará precipitações, no entanto, a desestatização da companhia poderá ser analisada ao decorrer dos debates.

“Não podemos fazer nenhum tipo de avaliação precipitada. Primeiro vamos fazer a CPI, nós temos 120 dias, depois mais 60 dias, para que a gente possa fazer todo um debate, uma discussão, no sentido de melhorar o sistema. A decisão que nós vamos tomar depende do decorrer do debate e das discussões”.

Privatização da Eletrobras

A distribuidora de energia Centrais Elétricas do Piauí -SA (Cepisa) foi privatizada no dia 26 de julho de 2018, após ser vendida em lance único para Eletrobras.

Já da Eletrobras, ocorreu oficialmente no dia 14 de junho de 2022, com uma cerimônia na Bolsa de Valores de São Paulo. Atualmente, o órgão não tem um controlador definido e a compra das ações foi realizada por investidores institucionais e pessoais, cada acionista estar limitado a 10% no poder de voto na companhia.

Trabalhadores também poderiam participar da compra das ações através do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Na época, aposentados e empregados da Eletrobras e de suas subsidiárias tiveram prioridade para adquirir até 10% das ações ofertadas.

Uma das grandes questões colocadas em discussão para que o processo ocorresse foi a redução de gastos e tarifas mais baixas, no entanto, não tem sido a realidade para os consumidores.

Ademais, especialistas e entidades do setor afirmaram que a conta pesaria no bolso dos consumidores, visto que, deputado e senadores haviam incluído medidas no processo que iriam gerar mais custos de produção a ser pagos pelos consumidores.

Fonte: Portal R10