Presidente do TRE critica desinformação e anuncia aumento de urnas auditadas no Piauí

Preocupado com os questionamentos sobre a segurança das urnas eletrônicas, o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) irá ampliar o número de equipamentos auditados nas eleições de 2022. A estimativa da é que o quantitativo de dispositivos submetidos à análise de dados será sete vezes maior que o realizado no pleito de 2018.

“Nas eleições gerais de 2018 tivemos três urnas auditadas. Para as eleições que se avizinham, agora em 2022, vamos ter 21 urnas auditadas. Isso mostra que a Justiça Eleitoral está buscando a transparência, de permitir que se fiscalize todo o trabalho que ela desenvolve”, disse desembargador Erivan Lopes, presidente da Corte, em entrevista ao Jornal do Piauí.

A previsão é que cerca de 10.617 urnas eletrônicas sejam utilizadas em todo o estado nas eleições de outubro. Deste total, 4.220 correspondem ao lote de equipamentos do modelo mais atual e com maior poder de processamento de dados, disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao Piauí.

Outro ponto de atenção do TRE-PI para a disputa eleitoral deste ano diz respeito ao enfrentamento à desinformação. A avaliação de Lopes é que, embora seja um aspecto também combatido em pleitos anteriores, o diferencial é que em 2022 este problema será ainda mais potencializado por conta das redes sociais virtuais.

“Antigamente essa desinformação acontecia em menor intensidade, porque era praticada por meio da comunicação convencional. Com a ampliação e democratização das mídias, qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo, com o celular conectado à internet, pode produzir uma informação com reflexo no processo eleitoral”, argumentou o desembargador.

Uso de tropas federais

Um dos estados que mais solicitam tropas da Força Nacional para o reforço da segurança durante as eleições, o TRE-PI será mais criterioso quanto ao deferimento das solicitações. A avaliação do presidente da Corte é que as polícias Civil e Militar, além das  Guardas Civis Municipais, conseguirão dar conta da demanda.

“Sempre achei que o Piauí pede mais que o necessário […] Essas eleições são diferentes, a guerra a ser enfrentada e a ser dirimida pela Justiça Eleitoral são as mídias digitais para a desinformação. Aquela guerra física e pessoal, do corpo a corpo, é mais comum nas eleições municipais. Nas gerais ela acontece em menor intensidade”, justificou Erivan Lopes.

Fonte:Cidade Verde