Piauí fecha 2018 com 1,638 gigawatts de capacidade eólica

O Piauí fechou o ano de 2018 com 1,638 gigawatts de capacidade de produção de energia eólica e ocupando o lugar de 5º maior produtor de energia gerada pelos ventos no Brasil. O Piauí tem hoje 60 parques de produção de energia eólica instalada.

A capacidade instalada de energia eólica no Brasil subiu para 14,7 gigawatts (GW) em 2018, um aumento de 15,7% em relação ao ano passado, informou a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), na segunda-feira.

Ao todo, o Brasil já conta com 583 parques eólicos em 12 estados, com destaque para o Rio Grande do Norte, com 150 parques e 4,043 gigawatts de produção; Bahia com 3,572 gigawatts de capacidade e 135 parques; Ceará, com 2,050 gigawatts de capacidade e 80 parques; Rio Grande do Sul, com 1,831 gigawatts e 60 parques; Pernambuco, com 782,8 megawatts, com 12 parques e; Santa Catarina, com 238,5 megawatts e 14 parques.

De acordo com a Abeeólica, considerando a matriz elétrica brasileira em dezembro de 2018, a participação da energia eólica era de 9%, sendo a terceira fonte mais representativa.

Crédito: Efrém Ribeiro

Dados de Dezembro de 2018 mostram que o País já tem 583 parques eólicos, com mais de 7.000 aerogeradores em operação.

O Brasil terminou 2018 com a marca de 14,71 GW de capacidade instalada de energia eólica, em 583 parques eólicos e mais de 7.000 aerogeradores em 12 estados.

“Se considerarmos a geração eólica produzida de janeiro a novembro de 2018 (dados disponíveis até o momento), de 44,62 TWh, temos que o parque gerador instalado disponibilizou ao sistema o equivalente ao consumo residencial médio mensal de mais de 23 milhões de habitações (70 milhões de pessoas)”, diz a presidente executiva da Abeeólica, Elbia Gannoum,

Além dos 14,71 GW de capacidade instalada, há outros 4,33 GW já contratados em construção ou projeto, o que significa que, ao final de 2024, serão pelo menos 19,04 GW considerando apenas contratos já viabilizados em leilões e com outorgas do mercado livre publicadas e contratos assinados até agora.

Segundo Elbia Gannoum, considerando a matriz elétrica brasileira em dezembro de 2018, a participação da energia eólica era de 9%, sendo a terceira fonte mais representativa.

De acordo com Gannoum, a biomassa, segunda fonte, representava 9,1% da matriz no final de 2018.

“Dentro de pouco tempo, a eólica passará a ser segunda fonte da matriz elétrica brasileira, um feito realmente histórico para uma fonte que se desenvolveu de maneira mais intensa há pouco menos de dez anos. Quando começamos o ano de 2011, tínhamos menos de 1 GW. Em 2012, estávamos no 15º lugar no Ranking de Capacidade Instalada do Global Wind Energy Council. Agora já estamos a caminho de completar 15 GW e ocupamos a 8ª posição no ranking. Estes são alguns dos dados que mostram a importância da indústria eólica, nossa capacidade de crescer, fazer investimentos e trazer benefícios para o Brasil”, explica Elbia Gannoum.

Considerando o seu desempenho, a fonte eólica já chega a atender, com sua produção, quase 14% do Sistema Interligado Nacional (SIN), durante momentos registrados na “safra dos ventos”, que é o período que vai de junho a novembro.

O Boletim Mensal de Dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), referente ao mês de setembro, por exemplo, mostra que, no dia 19 de setembro, uma quarta-feira, a energia eólica chegou ao percentual de 13,98% de atendimento recorde nacional.

No caso específico do Nordeste, os recordes de atendimentos a carga já ultrapassam 70% em uma base diária, mas o dado mais recente de recorde da região é do dia 13 de novembro, um domingo às 09h11, quando todo o subsistema foi atendido por energia eólica e ainda houve exportação dessa fonte, já que o volume de 8.920 MW atendou 104% daquela demanda com 86% de fator de capacidade.

Nesta mesma data, além do recorde instantâneo é importante mencionar que por um período de duas horas o Nordeste foi abastecido em 100% por energia eólica. Vale mencionar também que, por diversos períodos, o Nordeste assume a figura de exportador de energia, uma realidade totalmente oposta ao histórico do submercado que é por natureza importador de energia.

Em 2018 foram realizados dois leilões de energia nova, denominados A-4 e A-6. Ambos os leilões contaram com a participação da fonte eólica.

No leilão A-4, realizado em 04 de abril, foram viabilizados 4 projetos (114,4 MW de potência e 33,4 MW médios de garantia física contratada), que deverão iniciar o fornecimento de energia elétrica a partir de 1º de janeiro de 2022.

O leilão A-6, realizado em 31 de agosto, teve uma contratação mais expressiva e foram 48 projetos eólicos (1.136,30 MW de potência e 420,10 MW médios de garantia física contratada).

Neste certame, as usinas devem iniciar a operação comercial a partir de 1º de janeiro de 2024. Ao todo, foram contratados 1,25 GW de capacidade instalada, em 48 parques, nos leilões regulados de 2018.

“Vale mencionar, ainda, que também tivemos um bom ano no mercado livre, considerando que foram realizados ao menos três grandes leilões promovidos pela CEMIG (2 certames) e Casa dos Ventos destinados à comercialização de energias renováveis. Embora os números dessas operações não tenha sido divulgado por fontes, estimamos que, de uma forma geral, as empresas de energia eólica venderam cerca de 2 GW de capacidade instalada para o mercado livre em 2018, o que demonstra que este mercado vem se expandindo consideravelmente para o setor eólico”, explica Elbia Gannoum.

De acordo com ela, considerando, portanto, os contratos de leilão e a estimativa de venda no mercado livre, temos uma contratação estimada de 3,2 GW em 2018.

“Sempre que falamos de contratações e do futuro da fonte eólica no Brasil, gosto de reiterar um conceito muito importante: nossa matriz elétrica tem a admirável qualidade de ser diversificada e assim deve continuar. Cada fonte tem seus méritos e precisamos de todas, especialmente se considerarmos que a expansão da matriz deve se dar majoritariamente por fontes renováveis. Do lado da energia eólica, o que podemos dizer é que a escolha de sua contratação faz sentido do ponto de vista técnico, social, ambiental e econômico, já que tem sido a mais competitiva nos últimos leilões”, resume Elbia Gannoum.

A Abeeólica congrega mais de 100 empresas de toda a cadeia produtiva do setor eólico e tem como principal objetivo trabalhar pelo crescimento, consolidação e sustentabilidade dessa indústria no Brasil.

Fonte: Meio Norte