O Piauí está entre os maiores produtores de energia limpa do Brasil, ocupando o quinto lugar entre os maiores nessa atividade. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). De acordo com a instituição, o nordeste, sozinho, é responsável por cerca de 80% da energia eólica gerada em todo o país.
Segundo o relatório, o país já tem 601 parques eólicos e 7.500 aerogeradores (turbinas eólicas), em 12 estados. O Piauí produz 1638,10 megawatts (MW) energia eólica, isso se deve aos bons ventos do nordeste, considerados constantes e estáveis.
Quanto à energia solar, o Piauí ocupa a terceira posição no Brasil, com potência instalada de 278,2 MW e nove usinas. O estado está localizado em uma área chamada de “cinturão solar”, conforme a 2ª edição do Atlas Brasileiro de Energia Solar, divulgado no ano passado. A região vai do nordeste ao pantanal, passa pelo norte de Minas Gerais e pega o sul da Bahia e o nordeste de São Paulo.
Recentemente foi aprovada a proposta de instalação de oito miniusinas fotovoltaicas (solar) em solo piauiense. O projeto apresentado prevê o uso de cinco terrenos privados e três áreas públicas, situadas em Caraúbas, Cabeceiras e Canto do Buriti. O investimento previsto (público e privado) é estimado em R$ 174 milhões.
A assessora para Atração de Investimentos Externos, Lucile Moura, destaca que esse desenvolvimento da produção de energias renováveis no Piauí está sendo possível por conta do investimento tanto em estrutura física quanto de planejamento. “Há uma estrutura de Estado que favorece a vinda desses investimentos ao Piauí. Não é só porque temos muitos ventos e muito sol. Essa estrutura envolve a participação de diversos órgãos do Governo do Estado, que trabalham condições e flexibilidade para que haja a viabilização e atração desses investimentos”, ressalta Moura.
Ela acrescenta ainda que a produção das energias renováveis vem gerando uma cadeia produtiva de desenvolvimento nas regiões onde estão instaladas, gerando emprego e renda. “Esses investimentos estão gerando também o desenvolvimento de uma cadeia produtiva no Piauí, que termina por gerar diversos empregos, diversas possibilidades de negócios. Pequenos investidores se instalam como hotelaria, oficina, bares, restaurantes, salão de beleza, academias, como no município de Lagoa do Barro, por exemplo, que se desenvolveu muito depois da instalação de uma fábrica de torres eólicas. São elementos impactantes que conduzem a esse avanço, com muito respeito ambiental e social”, comenta Lucile.
ABEEólica reúne cerca de 100 empresas da indústria eólica, incluindo fábricas de aerogeradores, de pás eólicas, operadoras de parques eólicos, investidores e diversos fornecedores da cadeia produtiva.
Fonte: Fala Piauí