O Piauí é o 4º estado com maior número de denúncias de assédio eleitoral no país e o 3º do Nordeste, segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT). No estado há atualmente 31 denúncias sendo investigadas. Em todo o Brasil, já são 538 denúncias.
Segundo o MPT, o assédio eleitoral ocorre sempre que há uma intimidação feita pelo empregador para tentar modificar o voto do trabalhador. Acontece tanto em empresas privadas quanto em órgãos públicos.
“O assédio eleitoral ocorre de diversas formas, mas a gente tem observado, por exemplo, que o empregador tem se valido de reuniões no local de trabalho para tentar ganhar apoio político a determinado candidato. Muitas vezes, tem um parente do dono da empresa se candidatando a vereador, e aquela pessoa, aquele nome, circula ali na empresa como um nome sugestivo”, explicou o procurador do trabalho, Ednaldo Brito.
Conforme o procurador do trabalho Ednaldo Brito, é necessário que, ao identificar o assédio eleitoral, o trabalhador procure gravar ou filmar a conversa para apresentar como prova ao MPT. Segundo ele, muitas vezes o assédio ocorre pelo envio de propagandas políticas por parte do empregador, ou gestor público, em um grupo de WhatsApp do trabalho, ou até mesmo na conversa privada do trabalhador.
“Às vezes essas situações são coletivas, envolvem vários trabalhadores. Por isso, uma gravação, uma filmagem, um áudio ou um vídeo, já serve como comprovação. A prova fica mais difícil quando o trabalhador é chamado isoladamente numa sala. Aí ele sofre determinadas ameaças. Então, é preciso que ele grave aquela conversa, ou então que ele preste um depoimento ao MPT, porque nós precisamos provar”, afirma o procurador do trabalho.
Os canais de denúncia do ministério são via WhatsApp através do número 86 99544-7488, onde o trabalhador pode enviar áudios, vídeos, prints, as principais provas que conseguir. Além dele, há o site www.prt22.mpt.mp.br.
Fonte: g1 Piauí