Com as últimas apreensões de madeira sem licença, realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Piauí já figura como o terceiro estado que mais realiza apreensão do produto no Brasil. A informação é do inspetor da PRF, Alexandro Lima, e entrevista ao Sistema O Dia nesta segunda-feira (07).
Segundo o inspetor, o Piauí só perde para os estados do Pará e Mato Grosso, ambos produtores de madeira e por ser rota do transporte do produto sem licença, acaba por cair na fiscalização dos policiais. Somente neste final de semana, os policiais apreenderam três cargas que somadas às outras apreensões chega a 1.147 m³ do produto.
“Essa madeira para pelo estado do Piauí com destino a vários centros, no caso, estado da Bahia, Alagoas e Ceará. Tem madeira que é destinada, inclusive, ao estado do Rio de Janeiro”, afirma o inspetor.
No ano de 2018 o Piauí terminou como o 4º estado que mais realizou apreensões de madeira ilegal, o que mostra a evolução no trabalho de fiscalização da PRF. Somente com as apreensões realizadas este ano, já seria possível construir 80 casas populares, segundo o inspetor.
Inspetor Alexandro Lima fala sobre apreensões de madeira ilegal no estado. (Foto: Elias Fontenele/O Dia)
O inspetor explica que muitas cargas de madeira ilegal chegam a dar lucros mensais de até R$ 5 milhões, valor que leva muitos empresários e contrabandistas a se arriscarem nas estradas. Em outros casos, os condutores dos caminhões utilizam de documentos falsos para tentar burlar a fiscalização dos policiais. Nesses casos, o motorista é conduzido até a Delegacia de Polícia Civil. Como tentativa de fugir da polícia, muitos se arriscam em rotas alternativas.
“Tendo em vista que há uma fiscalização intensa da PRF alguns caminhoneiros já estão modificando o trajeto usando rotas alternativas pra justamente não estar utilizando as rodovias federais”, explica o inspetor Alexandro.
As últimas apreensões foram realizadas após ação simultânea da PRF nos municípios de Picos, Luís Correia, Piripiri e Teresina. Toda a madeira apreendida juntamente com o caminhão são doados ou para a Secretaria de Estado do meio Ambiente ou para o IBAMA.
“De norte a sul do estado a PRF faz apreensões de madeiras em ações sincronizadas”, afirma o inspetor.
Por: Rodrigo Antunes | O Dia