Um homem identificado como Rudson Vieira Batista da Silva, atingido por um tiro dentro de uma casa de shows na Zona Norte de Teresina no domingo (3), segue hospitalizado. Segundo a família, o homem não apresenta movimento das pernas e somente uma avaliação dentro de quatro dias deve definir se a vítima ficará paraplégica. O suspeito do disparo é o policial militar Max Kellysson Marques Marreiros, que foi preso em flagrante e liberado durante audiência de custódia.
Rudson continua na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular de Teresina, em estado de observação. Segundo a família, a vítima corre o risco de ficar paraplégica. “Estamos aguardando para saber como vai ficar a médula dele, esse diagnóstico mais preciso leva quatro dias. Agora ele está sem movimentos das pernas, mas o médico disse que não tem como ter um diagnóstico preciso nesse momento e há riscos de sequelas”, disse João Batista, irmão da vítima.
Segundo o irmão, Rudson Vieira Batista da Silva estava acompanhado de um primo e uma jovem em um bar, quando a vítima se desentendeu com o policial militar. “O PM estava assediando uma moça que estava com meu primo. O Rudson foi falar com o policial para explicar que ela estava acompanhada, mas ele continuou. Quando meu irmão foi falar pela segunda vez, o PM já sacou a arma e atirou. Não houve briga, nem agressão antes dos disparos”, contou João Batista Neto.
O disparo atingiu o pescoço de Rudson, passou pelo pulmão e se alojou na clavícula. A vítima passou por uma drenagem e de acordo com a família, o bala não vai ser retirada.
João Batista contou que os seguranças do local mantiveram o PM em uma sala até a chegada da polícia, que encaminhou o suspeito para a Central de Flagrantes. Ele foi solto nessa segunda-feira (2) após audiência de custódia. Na decisão, o juiz concedeu liberdade provisória, com aplicação de medidas cautelares e suspendeu o porte de arma ao suspeito.
O delegado Vicente de Lima, responsável pelo caso, informou que ouviu três testemunhas e o dono da casa de shows deve prestar depoimento nesta quarta-feira (4).
“A expectativa é concluir o caso o mais rápido possível. Temos 30 dias para isso e encaminhar o processo para a justiça. O policial militar já foi ouvido durante a atuação na Central de Flagrante e o seu depoimento será incluído no inquérito”, informou.
O Comando Geral da Polícia Militar do Piauí informou que vai abrir processo administrativo contra o policial Max Kellysson Marques Marreiros, que é lotado no 17º Batalhão.
Fonte: G1