PI, CE e PE: Lula assegura conclusão da Transnordestina até 2027

Foto: Divulgação TSLA

O presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, assegurou que a obra da Transnordestina, que vai ligar o Piauí, Ceará e Pernambuco por meio de uma ferrovia, será concluída e afirmou que a previsão é que ocorra até 2027. A declaração ocorreu durante visita às obras da Transnordestina na cidade de Iguatu, no Ceará, na sexta-feira (5), onde estão sendo finalizadas as obras de super estrutura, referentes à montagem da linha férrea, no trecho que liga os estados do Piauí e do Ceará.

A empresa responsável pelas obras da ferrovia, a Transnordestina Logística, se comprometeu a finalizar a construção entre o fim de 2026 e o início de 2027.

O presidente Lula ressaltou que o Governo Federal garantirá os recursos necessários para viabilizar a entrega do empreendimento.

“Nós vamos terminar essa ferrovia. E eu quero dizer para vocês que eu quero pegar o lugar mais longínquo do Piauí, entrar em um vagão e vir até esse local aqui para saber o que é que falta. O compromisso da empresa é que a gente pode terminar isso ou até o final de 2026, ou até o primeiro trimestre de 2027. E eu quero dizer para você: se depender do governo, a gente vai terminar, porque o governo vai cumprir todos os acordos firmados e não vai permitir que faltem os recursos necessários para que a gente possa terminar essa ferrovia”, afirmou Lula. 

O presidente ainda destacou que a obra é importante não só para gerar emprego e baratear o transporte, mas por que o Brasil precisa ter rodovia, ferrovia e hidrovia de qualidade.

“Ela é importante porque o Brasil se transformou num país rodoviário e, para ser mais produtivo, mais leal ao povo, não pode abandonar a ferrovia para fazer rodovia, não. Tem que ter rodovia de qualidade, ferrovia de qualidade e hidrovia de qualidade, porque precisamos ter um sistema intermodal para utilizar todo o nosso potencial para transportar gente, carga e baratear as coisas para o nosso povo”, declarou.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, explicou que as obras já estão avançadas. “É uma ferrovia de mais de 1.206 quilômetros, dos quais 679 já estão prontos. E vamos, nos próximos meses, contratar o restante. Hoje essa ferrovia tem, com salários médios de aproximadamente de R$ 2.800, mais de 2.600 homens trabalhando. Até o fim do ano, vamos pelo menos dobrar a geração de emprego aqui, porque é isso que as pessoas precisam para que a obra ande mais rápido”, afirmou.

Recursos

Sobre os recursos repassados pelo Governo Federal para a Transnordestina, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Goes, afirmou que essa será a maior obra de infraestrutura ferroviária do país”.

O Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), por meio da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) é o maior financiador da obra, com uma participação inicial estimada em R$ 3,8 bilhões, porém já está em análise um estudo de viabilidade para ser feito um aporte adicional, contemplando novos orçamento e cronograma de desembolsos.

A última liberação do FDNE para a Transnordestina foi efetuada em outubro do ano passado, no valor de R$ 811 milhões.

Foto: Ricardo Stuckert

A obra

 A ferrovia liga o município Eliseu Martins, no Piauí, ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará, sendo considerada a principal obra estruturadora para o desenvolvimento do Nordeste e prioritária para o governo federal, incluída no Novo PAC.

Segundo o diretor de Fundos, Incentivos e Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, a obra tem extensão de mais de 1.200 Km, passando por 53 municípios no Piauí, Ceará e Pernambuco, e vai possibilitar o escoamento da produção e a redução do custo logístico. A ferrovia será responsável pelo transporte de minérios, fertilizantes, grãos e combustível.

O trecho da ferrovia de Salgueiro até o Complexo de Suape, em Pernambuco, também foi assegurado pelo Governo Federal. No Novo PAC, há a previsão de investimento de R$ 450 milhões para a realização de estudos e projetos referentes à linha férrea pernambucana.

Fonte: Cidade Verde (por Bárbara Rodrigues, com informações do Governo Federal)