
A Prefeitura de Marcolândia através da Secretaria Municipal de Saúde realizou nesta última quarta-feira, 27, um encontro com gestantes e puérperas na Câmara de Vereadores. O evento teve como objetivo principal trabalhar a importância do Agosto Dourado, mês de conscientização da importância do aleitamento materno.
Neste ano a campanha tem como tema central “Reduzindo a desigualdade: apoio à amamentação para todos”.
Estiveram presentes os nutricionistas Raniquele Sousa e Severiano Gomes, a fisioterapeuta Rejane Carvalho, a secretária de Saúde Domitília Alencar, entre outros profissionais.
Raniquele Sousa ministrou palestra sobre a importância do aleitamento materno e seus benefícios. Rejane Carvalho trabalhou com o público sobre a importância da realização de exercícios físicos na gestação.
A nutricionista Raniquele enfatizou que o leite materno é caracterizando como padrão ouro, visto que é suficiente para suprir todas as demandas nutricionais do bebê até o sexto mês de vida. “Ele é rico em proteínas, lipídios, carboidratos e imunoglobulinas que vão beneficiar o sistema imune do bebê. É conhecido também como a primeira vacina do bebê”, destacou.

Uma das fases iniciais do aleitamento materno é denominado de colosto quando do nascimento até o quinto dia de vida. Nessa, o leite apresenta uma cor mais amarelada e é rico em proteínas e imunoglobulinas.
Do sexto dia de nascimento em dia tem o leite de transição que é rico em gorduras, lactose e outros nutrientes que são muito importantes.
O leite materno possui todos os componentes essenciais para o desenvolvimento da criança até os seis meses de vida, sem a necessidade de inserir outros alimentos como chá, sucos e até mesmo água.
“Até os seis meses a gente orienta que a mãe amamente exclusivamente. Após os seis meses ele [o leite] não vai ser substituído, mas sim complementado com outros alimentos, que é quando inicia o processo de introdução alimentar”, orientou,
Os benefícios do leite materno alcançam bebê e mãe. Entre eles, pode destacar – para a mãe – a prevenção de doenças como câncer de mama, câncer de últero e de ovário. Reduz chances de depressão pós-parto e sangramento e faz com que o útero volte ao normal de forma mais rápida.
Para o bebê o leite materno pode evitar o risco de morte, infecções, diminuir risco de alergia, bem como o desenvolvimento de diabetes e hipertensão e obesidade, assim como pode melhorar o desenvolvimento cognitivo e cavidade oral.
Os mitos acerca da amamentação também foram levantados pelos profissionais. Durante a palestra foi instruído à mães que não se deve levar por orientações aleatórias para o consumo de alimentos que favoreça a maior produção de leite.
“Não existe alimento mágico que aumente a produção de leite. Essa produção depende de vários fatores. É importante que a mãe durma bem e não passe por privação de sono, que esteja livre de situações de estresse e que ela tenha uma rede de apoio para ajudar a passar por todo esse processo de puerpério. É necessário que a mãe faça uma ingestão de líquidos principalmente água agregada a uma alimentação balanceada rica em nutrientes, vitaminas e minerais e isso é possível com frutas, cereais e leguminosas”, explicou a nutricionista.
Rejane Carvalho orientou às gestantes e puérperas sobre exercícios que podem e não podem ser realizados. Além disso foi orientado sobre o tempo favorável para a execução de exercícios.

Rejane falou sobre tabus e entre eles o de que as gestantes não podem fazer exercícios. No tocante ao assunto existem exercícios que ajudam no momento do parto.
O exercício, segundo destacou Rejane, diminui doenças como a diabetes gestacional entre outras.
A estimativa do Ministério da Saúde é de que a amamentação seja capaz de diminuir em até 13% a morte das crianças menores de cinco anos por causas preveníveis.
O Ministério da Saúde lançou neste mês a Campanha da Semana Mundial da Amamentação 2024 com foco na redução das desigualdades relacionadas ao apoio à amamentação.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em torno de seis milhões de vidas de crianças são salvas a cada ano por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de vida. Em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a realização da Semana Mundial da Amamentação defende que a população seja informada sobre as desigualdades no apoio e prevalência da amamentação.
Fonte: ASCOM