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O tal do “potó”: veja mitos e verdades sobre o inseto que causa queimaduras de até 2º grau

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Comum nos meses mais quentes do ano em alguns estados do Nordeste brasileiro, o potó (Paederus irritans) é um inseto bem pequeno, de cauda vermelha e preta, que assusta a população por causar queimaduras de ate segundo grau na pele. Muitos não sabem como evitar a proliferação e nem tratar as queimaduras.

G1 ouviu especialistas que deram dicas de como evitar o inseto, tratar as lesões e negaram mitos sobre receitas caseiras.

A estudante Renata Santos, de 21 anos, contou que foi uma vítima do inseto enquanto dormia.

Potó aparece nos meses mais quentes do ano — Foto: Josiel Martins/G1

Potó aparece nos meses mais quentes do ano — Foto: Josiel Martins/G1

“Não encontrei o potó que fez isso, mas creio que ele deva ter caído do telhado, pois o telhado da minha casa não possui nenhum forro. Às vezes eu passo a mão, pois começa a coçar bastante. Com isso, eu acho que espalhei a queimadura para outras partes do meu corpo, porque notei que abaixo do meu pescoço ficou um pouquinho ferido também”, relatou.

De acordo com a dermatologista Yáscara Pinheiro, as queimaduras geralmente ocorrem à noite, principalmente nas partes do corpo que ficam descobertas durante o sono. O inseto se instala próximo às luzes brancas das residências e buscam por lugares quentes.

“As medida iniciais são lavar o ferimento com água e sabão e posteriormente fazer o uso de uma compressa com água fria no local. Se não tratada corretamente, a queimadura de potó pode resultar em uma infecção secundária e até cicatrizes. Nesses casos, a pessoa deve procurar o médico para uso de medicamentos” explicou.

Ainda de acordo com a dermatologista, o uso de receitas caseiras pode piorar a lesão e em alguns casos iniciar uma infecção.

Estudante foi vítima do potó enquanto dormia — Foto: Arquivo pessoal

Estudante foi vítima do potó enquanto dormia — Foto: Arquivo pessoal

“É importante, assim como em qualquer queimadura, evitar sol. O uso de receitas caseiras como pasta de dentes e maisena deve ser evitado, pois podem agravar ou propiciar infecção secundária e piorar a lesão. Na grande maioria das vezes é melhor não atrapalhar o processo de cicatrização natural da nossa própria pele. Nunca fazer uso de um produto sem recomendação médica”, completou.

O inseto é capaz de provocar lesões que se assemelham a uma queimadura por fogo ou produto químico. A substância é liberada pelo inseto quando ele é esmagado contra a pele. A gravidade das lesões pode depender de alguns fatores como a quantidade da substância e sensibilidade pessoal.

O biólogo Jefson Morais explicou que a incidência de acidentes com esses insetos aumenta no início dos meses mais quentes do ano no Nordeste. Nesse período, é recomendada a substituição de lâmpadas brancas por amarelas, pois atraem uma quantidade menor de insetos.

“Nesse período em que estão acabando as chuvas e iniciando o período de calor é mais comum o surgimento desse inseto, pois o ciclo de vida deles é baseado em ambientes que são quentes e úmidos”, informou.

Fonte: G1, por Glayson Costa, estagiário sob supervisão de Maria Romero.

Humberto Júnior
Humberto Júniorhttps://www.1bertojunior.com
Amante da tecnologia e desafiador.
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