O que se sabe sobre o assassinato de pai e filha de 4 anos em THE

A morte de uma criança de 4 anos em uma briga entre facções ganhou bastante repercussão nos últimos dias. Ana Heloíse Ferreira Guimarães foi morta com o pai, Francisco Eduardo Guimarães Santos, de 24 anos, no bairro Parque Vitória, na zona Sul de Teresina. Até o momento, três adolescentes foram apreendidos e um adulto foi preso.

O crime ocorreu na noite do dia 11 de abril, por volta das 21h30. Ana Heloíse estava em casa com o pai Francisco Eduardo quando vários homens armados realizaram vários disparos de arma de fogo.

A menina que estava na cama, foi atingida com três tiros na região do peito, braço e perna. Ela chegou a ser socorrida e encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento do Promorar (UPA), mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. Já Francisco Eduardo chegou a correr para o banheiro, mas foi morto no local.

Briga entre facções 

Logo após os assassinatos, o Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) iniciou a investigação sob o comando do delegado Danúbio Dias.

Segundo o delegado, o crime ocorreu em uma briga entre facções, isso porque Francisco Eduardo seria membro de uma facção com atuação no Parque Vitória, mas que estava recebendo ameaças de uma facção que atua no Mário Covas e no conjunto João Paulo II, que ficam ao lado de onde ele morava.

“A vítima já tinha sido, inclusive, alertada de que ela deveria sair dali porque o Parque Vitória estava em risco e a testemunha afirmou para vítima que seria iminente a invasão do Parque Vitória por essa facção rival. Infelizmente, a vítima não ouviu o conselho e o crime acabou se concretizando”, informou o delegado.

Foto: Bárbara Rodrigues/ Cidadeverde.com

Troca de tiros pode ter causado morte da criança

Durante a invasão dos criminosos, teria ocorrido uma troca de tiros que teria sido fundamental para a morte de Ana Heloíse.

“A testemunha ocular relatou que a vítima, naquela ocasião, estava com um revólver calibre 38 e a vítima revidou as agressões, revidou atirando contra os autores do crime. Na cena do crime, inclusive, nós encontramos disparos de arma de fogo que foram efetuados de dentro para fora do imóvel. Esse revólver da vítima era pessoal dela e foi subtraído. Há a possibilidade, inclusive, de que uma das armas que foram apreendidas talvez seja da vítima. As características descritas da arma da vítima coincidem com o revólver que foi apreendido na madrugada de sábado”, explicou.

A polícia ainda não sabe se os criminosos sabiam que havia uma criança no local. “No momento  não é possível se afirmar, vamos investigar com mais calma, para saber se eles sabiam se a criança estava em casa”, relatou o delegado Danúbio Dias.

Quatro presos e um foragido 

No final de semana, cerca de 15 pessoas foram detidas para prestar esclarecimentos sobre o caso.

Segundo o delegado, três adolescentes foram apreendidos e um adulto preso. Outro suspeito está foragido, já com mandado de prisão expedido, e a polícia apura também a participação de uma mulher.

“O crime está esclarecido. Atualmente nós temos quatro indivíduos presos, sendo um adulto e três adolescentes. O quinto elemento já está identificado e há inclusive um mandato de prisão preventiva contra esse quinto elemento. No total nós acreditamos que pelo menos seis indivíduos participaram da execução do crime, podendo ser possível a inclusão de mais um, de um sétimo, que segundo testemunha poderia ser uma mulher. Obviamente ainda vamos tentar confirmar essa informação, mas de concreto temos a participação de pelo menos seis indivíduos. Desses seis, quatro presos e um foragido.”, esclareceu.

Uma das armas que teria sido usada no crime foi encontrada. “Desses que estão presos, três são executores materiais e um deles ficou responsável por esconder a arma usada no crime, que depois foi encontrada”, destacou.

Investigação continua 

O DHPP continua com a investigação do caso. Os três adolescentes seguem apreendidos, assim como o adulto. Uma quinta pessoa segue foragida.

Em depoimento, acompanhados de advogados, os suspeitos decidiram ficar calados.

Fonte: Cidade Verde (por Bárbara Rodrigues )