
A Polícia Civil do Piauí e o Ministério Público Estadual (MP-PI) deflagraram a terceira fase da “Operação Escamoteamento”, na manhã desta quinta-feira (23/08), tendo o desvio de recursos públicos da cidade de Buriti do Lopes, a 300 km de Teresina, como foco. Esta ação é um desdobramento de investigações iniciadas em Cocal, também no Piauí. Ao que tudo indica, empresários da Serra da Ibiapaba, no Ceará, e agentes públicos desviaram verbas entre 2013 e 2016.
A polícia cumpre sete mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 16 de buscas e apreensões. As autoridades ainda pediram o bloqueio de R$ 8.388.822,64 de bens dos investigados, valor equivalente ao prejuízo inicial detectado. Os referidos mandados foram expedidos pelo Juízo da Vara Única de Cocal.
A operação é comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP. Além da Polícia Civil, há o apoio da Controladoria Geral da União (CGU), Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI), Polícia Rodoviária Federal (PRF-PI), Polícia Militar (PM-PI), além do Ministério Público do Estado do Ceará.
1ª FASE DA OPERAÇÃO
A primeira fase da “Operação Escamoteamento” aconteceu em abril de 2017, quando o Ministério Público Estadual (MP-PI) apresentou quatro denúncias em desfavor de 13 pessoas presas preventivamente. Os suspeitos eram suspeitos de fraudarem licitações no município de Cocal, entre 2013 e 2015.
O MP requereu a condenação pela prática dos crimes de fraude à licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As investigações apontaram um desvio de pelo menos R$ 6.313.744,36 e cobrou o dobro de ressarcimento do prejuízo causado à cidade, no valor de 12.627.488,73.
2ª FASE DA OPERAÇÃO
Em outubro de 2017, aconteceu a segunda fase da operação. Naquela ocasião, a polícia e o Gaeco cumpriram seis mandatos de busca e apreensão e de prisão preventiva contra fraudes em licitações e crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro em Cocal, entre 2013 e 2015.
A operação foi deflagrada em Cocal, Campo Maior e Tianguá (CE). Os detidos são envolvidos diretamente com licitações das prefeituras dos municípios.
FONTE: Oito Meia