
A agência espacial americana (Nasa) publicou nesta quinta-feira (7) na revista “Science” um novo achado: material orgânico preservado entre rochas com cerca de três bilhões de anos em cratera do planeta Marte. Os cientistas acreditam que pode ser uma evidência de vida no passado.
Os dados e amostras foram coletados pelo rover Curiosity, em missão do planeta vermelho desde novembro de 2011. Novas informações sobre a atmosfera de Marte e suas variações nos níveis de metano foram apresentadas em outro artigo publicado também pela “Science”.
“Material orgânico antigo e misterioso metano! O rover Curiosity encontrou uma nova evidência preservada nas rochas que sugere que o planeta pode ter suportado vida no passado + uma nova evidência na atmosfera que se relaciona com a busca da vida atual em Marte”, escreveu a Nasa em sua conta no Twitter.
Apesar de a origem das moléculas ainda não estar clara, a Nasa destacou que esse tipo de partícula pode ter sido a fonte de alimento de uma hipotética vida microbiana em Marte.
A descoberta não confirma a existência de vida no planeta, disse a especialista, mas mostra que os organismos podem ter sobrevivido no planeta vermelho graças à presença dessas moléculas.
Eigenbrode explicou que apesar de a superfície de Marte ser inóspita atualmente, os indícios apontam que, no passado, o clima marciano tinha condições propícias para a existência de água líquida, um fator essencial para a vida como conhecemos.
Outros dados recolhidos pelo Curiosity revelaram que há bilhões de anos um lago dentro da cratera Gale continha ingredientes necessários para a vida – componentes químicos e energia.
“Encontrar moléculas orgânicas antigas nos primeiros cinco centímetros de rocha que se depositaram na superfície quando Marte pode ter sido habitável é um bom presságio para que aprendamos a história das moléculas orgânicas no planeta vermelho com futuras missões que aprofundarão mais nosso conhecimento”, afirmou.
Fonte: G1