Nesta quarta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou estimativa relacionadas à situação da mulher no Piauí, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNADC), do último trimestre de 2017. As mulheres ainda ganham menos e são maioria entre as pessoas subempregadas.
Segundo Eyder Silva, Supervisor de Informações do IBGE, no Piauí, a compilação busca apontar mais detalhes sobre a situação da mulher piauiense. “Pensamos como uma homenagem pela passagem do Dia Internacional da Mulher a fim de mostrar mais como está a vida da mulher no Piauí em vários aspectos”, comentou o supervisor.
A pesquisa mostra que no Piauí as mulheres representam 52,1% da população, o que corresponde a 1,6 milhão de habitantes e um contingente de 132.000 pessoas a mais que os homens.
No mercado de trabalho as mulheres recebem em média aproximadamente 10% a menos que os homens. Segundo o IBGE o salário médio nominal da mulher piauiense era de R$ 1.283,00; enquanto o dos homens era de R$ 1.410,00. “Está até mais próximo esse indicador, mas ainda assim existe a diferença de 9%. É um cenário até bem positivo”, contou. Entre os estados o Piauí tem sexta melhor relação de paridade entre os salários de homens e mulheres.
A respeito do desemprego há taxas equivalentes entre homens e mulheres, mas há mais mulheres subocupadas do que homens. No total de pessoas subocupadas são 45,6% de mulheres e 36,9% de homens. “A subocupação é o caso em que as mulheres desejarem trabalhar 40 horas, mas não encontram estas horas a mais. Pode ser emprego formal ou informal também. Afeta mais as mulheres do que os homens”, explicou o supervisor do IBGE.
Ao nascer a mulher piauiense tem expectativa média de alcançar os 75,3 anos de vida. Os homens vivem em média 8,4 anos a menos, já que têm expectativa de vida de 66,9 anos. “É uma relação bem ruim em que o Piauí está na 24ª posição na expectativa de vida, na frente apenas do Maranhão, Roraima e Rondônia”, disse. Eyder Silva explicou que no Piauí a expectativa está 4 anos abaixo da média nacional.
Educação A partir de dados do Ministério da Educação (MEC) de 2016 o Piauí tem o maior número de mulheres como docentes de ensino superior. No estado 51,4% das docentes são mulheres, enquanto a média nacional é de 45,6%. Em todo o estado são 3114 professoras para 2947 professores.
Pesquisas do IBGE mostram ainda que há menos mulheres analfabetas e que elas estudam por mais tempo. Em 2016, a taxa de analfabetismo entre as mulheres estava em 15,1%, enquanto que para os homens era de 19,5%. A Pnad Contínua aponta também que elas estudavam 7,3 anos em contraponto aos 6,3 anos do homem.
Fonte: G1