
Por unanimidade em assembleia, os médicos do Piauí decidiram paralisar procedimentos eletivos sem urgência, como atendimento no ambulatório, consultas e cirurgias do Sistema Único de Saúde (SUS), nesta quinta-feira (01).
Conforme o Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), os profissionais reivindicam melhores condições de trabalho e são contra a privatização de hospitais da rede pública. Dentre as demandas da categoria, estão iniciativas de concurso público, reajuste de salário e correção de insalubridade.

Deste o dia 18 deste mês, a categoria vêm realizando manifestações contra a entrega da Maternidade Evangelina Rosa e três unidades de saúde para a iniciativa privada, sendo elas o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), Hospital Regional de Campo Maior e o Hospital Estadual do Mocambinho.
Segundo a diretoria da SIMEPI, não existe embasamento por parte do Governo do Estado que possa garantir que a entrega dos hospitais para as Organizações Sociais (OS), resulte em benefícios para a população e os profissionais.
A presidente do Sindicato, Lúcia Santos, afirmou que 80% dos piauienses dependem do SUS, e caso aja a privatização, a qualidade e o atendimento da população irá ficar comprometida.
“Nós somos totalmente contra. Quem vai sofrer é o piauiense mais carente. A população e os profissionais da saúde bem entendem que se entregar na mão de OS’s nós não teremos um SUS totalmente nosso! O SUS é nosso! O SUS é do povo”, afirmou Lúcia Santos.
O vice-presidente do SIMEPI, Dr. Samuel Rêgo, declarou que a demanda pela realização de concursos para a categoria está sendo discutida a bastante tempo com o Estado mas que não são ouvidos.
“Estamos há vários anos negociando com o governo a realização de um concurso público. O ex-secretário nos garantiu que até o final do mandato do Wellington Dias teríamos concurso, o que não aconteceu. Quando fomos conversar com esse Governo informaram que iriam entregar na mão das OS’s, então nós não vamos aceitar isso! Queremos a legalidade”, afirmou.
Fonte: Vi Agora