Mãe dá nome de Evangelino a bebê em homenagem à maternidade no Piauí: ‘foi onde ele ganhou fôlego de vida’

A gravidez da técnica de enfermagem Mônica Miranda foi bastante conturbada. Logo após o nascimento do seu segundo filho, foi descoberto que ele possuía uma formação incompleta do esôfago, denominada como atresia esofágica. Foram dias em claro, trocas de hospitais, esperas por boletins médicos, até que o bebê foi submetido a uma cirurgia de correção deste problema na Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina.

A cirurgia transcorreu bem e o bebê já se encontra em casa com a mãe. Como forma de agradecimento, Mônica o registrou como Kayo Evangelino, este segundo nome em homenagem à maternidade.

Kayo nasceu no dia 28 de julho deste ano, em São Raimundo Nonato. No mesmo dia, os médicos desconfiaram que ele poderia ter um estreitamento na faringe e, por este motivo, deveria ser transferido para Teresina.

Na primeira vez que Mônica segurou o seu filho no braço, ele ainda estava na UTI — Foto: Mônica Miranda /Arquivo Pessoal

Na primeira vez que Mônica segurou o seu filho no braço, ele ainda estava na UTI — Foto: Mônica Miranda /Arquivo Pessoal

“No momento do nascimento, ele não chorou e eu já achei estranho. Ele foi levado e, em seguida, ficou do meu lado no quarto, mas ficava gemendo bastante. Eu pedi para a pediatra olhá-lo e ela disse que meu bebê não estava bem. A desconfiança é que ele possuía um estreitamento na faringe”, contou a mãe.

No dia seguinte, Kayo e Mônica foram para a Maternidade Wall Ferraz, na capital piauiense. Entretanto, a unidade de saúde não realiza cirurgias e, no dia primeiro de agosto, o bebê foi transferido para a Evangelina Rosa. Kayo passou por uma série de exames e foi submetido ao procedimento cirúrgico no dia 4 de agosto.

“Depois da cirurgia, o médico falou que o manteria mais tempo sedado, porque não queriam que ele mexesse o pescoço. O Kayo começou a ficar inchado, porque a alimentação era somente pela veia. Ele teve problema no coração, o rim dele passou a funcionar menos e teve até um início de hemorragia no pulmão. O pós-operatório foi complicado”, lembrou a técnica de enfermagem.

O recém-nascido ficou em torno de um mês na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da maternidade. Foram dias angustiantes para Mônica, que ficou hospedada com a mãe em uma pensão de Teresina aguardando notícias do filho. Neste período, ela pensou sobre o nome que ia registrar o seu bebê.

Mãe dá nome de Evangelino a bebê em homenagem à maternidade no Piauí — Foto: Mônica Miranda /Arquivo Pessoal

Mãe dá nome de Evangelino a bebê em homenagem à maternidade no Piauí — Foto: Mônica Miranda /Arquivo Pessoal

“Uma amiga minha falou para colocar o nome do meu filho de Kayo Vitório, por causa da história dele. Eu disse que não gostava de nome composto e que não iria colocar. Mas minha mãe pegou na minha mãe e falou ‘naquela maternidade foi onde ele ganhou fôlego de vida. Vamos chamar ele de Kayo Evangelino’. Aí eu não aguentei”, explicou a mãe de Kayo.

No dia 6 de setembro, Evangelino recebeu alta da UTI e foi para o Canguru. Onze dias depois, ele voltou para São Raimundo Nonato com a mãe. Mesmo após sair do hospital, a mãe continua com cuidados redobrados para que a recuperação do seu filho seja o mais rápido possível.

“Eu ainda estou de licença e fico 24 horas com ele. São muitos cuidados. Ele ainda se engasga bastante porque não tem o controle de engolir. Mas temos retorno ao médico, fisioterapia toda semana, ou seja, uma série de cuidados”, contou a técnica de enfermagem.

Fonte: G1 Piauí