
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Teresina apontou que o lutador amador de boxe Jonas de Andrade Carvalho Filho, de 34 anos, morreu vítima de um traumatismo craniano. A informação foi confirmada ao G1 nesta terça-feira (18) pelo delegado Menandro Pedro, responsável pelo caso.
“O laudo cadavérico não cita nenhuma lesão externa no corpo da vítima, mas apontou vários coágulos de lesão interna após sofrer um traumatismo craniano, mediante instrumento contundente, no caso, murros na caixa craniana”, revelou o delegado.
A vítima Jonas de Andrade Carvalho Filho estava em uma luta de boxe clandestina contra um homem, identificado apenas como Jônatas, quando passou mal e desmaiou. Ele foi socorrido e encaminhado para o Hospital do Buenos Aires, mas não resistiu e morreu no dia 25 de abril.
Com o resultado do laudo do IML, o delegado contou que vai responsabilizar pela morte da vítima todas as pessoas que de modo direto e indireto participaram da luta clandestina. Entre os suspeitos estão os quatro profissionais de saúde, o organizador do evento, o árbitro e o lutador adversário, que serão indiciados por homicídio culposo.
“Vou fazer um relatório tipificando os crimes de cada um e encaminhar o caso para o Ministério Público e o juiz. A investigação ainda não foi concluída, pois eu entrei com pedido de medida cautelar para ter acesso aos dados do celular da vítima, que provavelmente serão incluídos no inquérito policial”, explicou.
O delegado Menandro Pedro já havia indiciado os suspeitos por crime contra a Saúde Pública, em decorrência do evento clandestino. Segundo ele, todos sabiam que o evento era irregular, que não tinha autorização do órgão competente, além de desrespeitar os decretos municipal e estadual.
“A responsabilidade é deles todos. Eles sabiam que o evento era totalmente irregular, que ali não poderia funcionar como academia, marcenaria e oficina. Mais de 300 pessoas estavam no dia da luta, maioria sem máscara, consumindo bebida alcoólica e sem distanciamento”, contou.
Fonte: G1 Piauí