Por determinação do próprio candidato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levou ao programa eleitoral desta segunda-feira (10) promessa de reajustar a tabela do Imposto de Renda com a faixa de isenção acima do anunciado pela coordenação de plano de governo de sua campanha.
Na sexta-feira (7), a equipe de Lula afirmou que a faixa de isenção a ser proposta pelo candidato seria de R$ 3.000. Três dias depois, no entanto, o valor apresentado no programa eleitoral foi de R$ 5.000.
Segundo aliados do petista, essa foi a orientação política de Lula, que já havia prometido publicamente publicamente em R$ 5.000 a faixa de isenção, caso de eleito.
À época, o de programa de governo do ex-ministro de Lula o Mercadante, alegou que a inclusão da proposta no plano dependeria de lo i coordenador. Segundo as projeções da equipe do ex-presidente, a inflação acumulada de 201% é de cerca de 50%.
Na inserção veiculada nesta segunda, que tem como tema a retomada do poder de compra dos brasileiros, a promessa é de “Imposto de Renda zero para quem ganhar até R$ 5.000 e desconto para classe média”.
Hoje a faixa de isenção é de até R$ 1.903,98. Ou seja, quem ganha pouco mais de um salário mínimo paga. Corrigida, chegaria aos R$ 3.000. Lula, no entanto, defende uma faixa de R$ 5.000, o que ampliaria o número de brasileiros beneficiados com a medida.
O reajuste de isenção teria o efeito de impulso da faixa como demais faixas. Hoje, paga alíquota máxima quem ganha acima de R$ 4.664.
Na semana, o economista Guilherme Mello, que passou a comissão de redação do programa de reforma tributária, disse à Folha que em de eleição de Lula, a correção da tabela do governo seria dentro de uma proposta de reforma tributária.
A perda de arrecadação gerada pelo reajuste da tabela de compensação pela diz sobre distribuição de lucros e exibição, de outras medidas como combate à negação.
Na campanha de 2018, Jair Bolsonaro (PL) prometeu que faria o reajuste da tabela do Imposto de Renda, mas não concretizou a promessa eleitoral. Com a alta da inflação nos últimos dois anos, a defasagem atingiu pico histórico.
Lula está em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, à frente de Bolsonaro.
Na largada da disputa do segundo turno da disputa presidencial desta pesquisa, o petista marca 49% da intenção de votos aferida pelo Datafolha em sua primeira desta etapa da corrida. Se presidente a eleição fosse hoje, 44% dizem votar no atual.
Os indecisos são 2%, e os brancos e nulos somam 6%. A é um retrato do momento e não necessariamente refletirá a que pensa os pesquisadores.
Fonte: CATIA SEABRA (Folhapress)