
A Justiça do Maranhão negou, nesta terça-feira (22), o pedido de revogação da prisão temporária do empresário Bruno Manoel Gomes Arcanjo, acusado de matar o policial civil do Piauí, Marcelo Soares, que atuava no Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).
O crime ocorreu durante uma operação no município de Santa Luzia do Paruá, no último dia 3 de setembro.
No pedido, a defesa do empresário alegou que ele é réu primário, possui bons antecedentes, residência e empregos fixos, e que não coloca em risco a ordem pública ou a instrução processual. Apesar disso, o Ministério Público se manifestou contrário ao pedido de revogação da prisão.
Ao decidir pela manutenção da prisão de Bruno Arcanjo, a juíza Leoneide Delfina Barros Amorim, da Comarca de Santa Luzia do Parauá, lembrou que apesar do acusado ser réu primário, ter bons antecedentes e residência fixa, não impede a decretação da prisão preventiva.
“O requerente foi preso em flagrante no momento da prática do delito, o qual ocorreu na presença dos demais agentes policiais. Ressalta-se, ainda, a gravidade delitiva, tratando-se de um homicídio qualificado contra um agente policial, delito que, por si só, demonstra a periculosidade do agente”, frisou a magistrada.
Bruno Arcanjo foi denunciado pelo Ministério Público e se tornou réu por homicídio qualificado contra Marcelo Soares. Bruno foi denunciado no artigo 121 do Código Penal com a qualificadora de contra autoridade ou agente e com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido.
O policial Marcelo Soares da Costa, de 42 anos, foi morto durante uma ação policial na cidade de Santa Luzia do Paruá, no Maranhão, enquanto cumpria mandados da Operação Turismo Criminoso, deflagrada contra fraudes no Departamento de Trânsito do Piauí (Detran).
A equipe era composta por quatro policiais e coordenada pelo delegado Laércio Evangelista. No momento da ação na casa de um dos alvos, foram recebidos a tiros, que atingiram o tórax de Marcelo. Ele ainda foi socorrido para um hospital na cidade maranhense, mas não resistiu.
Fonte: Cidade Verde