Jovens que atearam fogo em veículos em frente à delegacia de Araripina são liberados em audiência de custódia

Na manhã desta quarta-feira (3), os dois jovens detidos após atearem fogo em veículos apreendidos estacionados em frente à Delegacia de Polícia Civil de Araripina foram liberados durante uma audiência de custódia. A decisão judicial foi criticada por entidades ligadas à segurança pública e população.

— Jovens incendeiam 12 veículos e tentam atear fogo em delegacia de Araripina

No primeiro dia de 2025, a Delegacia de Polícia Civil de Araripina foi alvo de um ataque criminoso que resultou na destruição de 12 veículos apreendidos. Os jovens incendiaram os automóveis estacionados em frente à unidade e provocaram queimadas na vegetação próxima, danificando também o muro da delegacia.

Após o ataque, equipes conjuntas de Policiais Civis e Militares realizaram diligências rápidas que levaram à prisão dos responsáveis. Os suspeitos foram autuados em flagrante, e a prisão preventiva foi requerida pelas autoridades. Entretanto, durante a audiência de custódia, realizada poucos dias após o flagrante, os acusados foram colocados em liberdade.

Outro caso

O episódio de Araripina não é um caso isolado. No dia 22 de dezembro de 2024, um incidente semelhante ocorreu na Delegacia de Betânia, no Sertão do Moxotó, onde um homem foi flagrado incendiando motocicletas apreendidas. A destruição só não foi maior graças à intervenção do policial de plantão, que conseguiu salvar uma viatura estacionada próxima.

Reação do SINPOL-PE

A decisão gerou forte reação, especialmente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL-PE), que repudiou o ato e alertou para os riscos que decisões como essa representam para a segurança pública.

Em nota, o SINPOL-PE classificou a decisão judicial como um grave retrocesso. O sindicato afirmou que o ataque não foi apenas um ato de vandalismo, mas uma afronta direta ao Estado Democrático de Direito e às instituições de segurança pública.

“A liberação dos acusados, mesmo diante da gravidade dos fatos, demonstra uma perigosa vulnerabilidade do sistema de segurança pública, que acaba incentivando a criminalidade e enfraquecendo as instituições policiais”, destacou o sindicato.

O sindicato exige uma resposta firme das autoridades estaduais para que episódios como os de Araripina e Betânia não se repitam. “É imprescindível que as instituições não se curvem diante de atos de violência e desrespeito”, afirmou o SINPOL-PE.

Apesar das adversidades, a entidade parabenizou o empenho das forças policiais, que têm se dedicado a proteger a sociedade mesmo diante de um cenário de desafios crescentes e falta de recursos.

Veja a nota completa

O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL-PE) repudia veementemente a decisão judicial que resultou na soltura, durante audiência de custódia, dos criminosos que atentaram contra a segurança pública e a integridade dos policiais da Delegacia de Araripina, no Sertão Pernambucano. No dia 1º de janeiro, os dois indivíduos atearam fogo em veículos apreendidos, estacionados em frente à delegacia, e incendiaram a vegetação ao redor, causando danos ao muro da instituição.

Após diligências, Policiais Civis e Militares prenderam os responsáveis, que tiveram o flagrante lavrado e a prisão preventiva requerida. Entretanto, a liberação dos acusados, mesmo diante da gravidade dos fatos, demonstra uma perigosa vulnerabilidade do sistema de segurança pública que acaba incentivando a criminalidade e enfraquecendo as instituições policiais. O ataque, que resultou na destruição de 12 veículos, não foi apenas um ato de vandalismo, mas uma afronta ao Estado Democrático de Direito, que deveria proteger seus cidadãos e suas instituições.

Este episódio é um reflexo direto do abandono da segurança pública por parte do governo estadual, que deixa os policiais cada vez mais vulneráveis, seja pela precarização das condições de trabalho, seja pela falta de suporte institucional. O SINPOL alerta para a necessidade urgente de priorizar a segurança pública, com ações concretas e eficientes que protejam os servidores e a população.

O cenário não é isolado: na madrugada do dia 22 de dezembro, na Delegacia de Betânia, no Sertão do Moxotó, câmeras flagraram um homem ateando fogo em cerca de 10 motocicletas apreendidas, estacionadas em frente à delegacia. A destruição só não foi maior porque o policial de plantão conseguiu retirar a viatura que estava próxima das motos. Esses casos evidenciam o descaso com a segurança pública, além de expor policiais a riscos desnecessários.

Por isso, o SINPOL-PE exige das autoridades estaduais uma resposta firme e imediata. É imprescindível que as instituições não se curvem diante de atos de violência e desrespeito. O sindicato também parabeniza o empenho dos policiais de Araripina e de Betânia, que, mesmo em meio às adversidades, seguem comprometidos com o dever de proteger a sociedade.

Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL-PE)