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Irmão de advogada morta permanece em silêncio; defesa confirma uso de remédios

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O jornalista João Paulo Mourão, suspeito de ter assassinado a irmã, Izadora Mourão, no último sábado, permaneceu em silêncio durante a coleta de depoimento na noite desta segunda-feira (15) na sede do Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP). Ele ainda não passou por audiência de custódia e segue preso nas dependências do DHPP.

O advogado de defesa do jornalista, Nestor Ximenes, informou ao Cidadeverde.com que orientou o cliente a falar somente em juízo. O advogado disse que João Paulo nega a autoria do crime e mantém a versão de que uma pessoa entrou na casa e efetuou as facadas contra a advogada Izadora Mourão.

“É preciso fazer alguns esclarecimentos, principalmente em relação a motivação e se tem alguma outra pessoa na cena do crime. Ao longo do inquérito, estaremos fazendo os esclarecimentos”, disse o advogado.

Nestor Ximenes também admitiu que João Paulo toma medicamentos, mas não soube informar se ele sofre com algum tipo de doença mental. “Não sei qual o seu problema de saúde, mas ele toma medicação”, relatou o advogado.

Sobre uma briga pela herança deixada pelo pai, possível motivação levantada durante as investigações, o advogado de defesa informou não ter conhecimento. “Não me relatou nada”, disse o advogado, que também faz a defesa da mãe.

João Paulo Mourão tem 35 anos e é jornalista concursado da Prefeitura de Pedro II e atuava em uma rádio do município

Testemunhas

A OAB nomeou o advogado Mauro Júnior, ex-presidente da subsecção do município, para acompanhar o caso. Ao cidadeverde.com, ele relatou que chamou atenção a frieza de João Paulo e da mãe, que compareceram ao velório da advogada Izadora Mourão.

Segundo ele, a motivação está sendo investigada, mas existem fortes indícios de uma disputa por herança. O pai de João Paulo e Izadora morreu no ano passado e teria deixado bens, como imóveis e terras. Os dois irmãos estariam discordando sobre a destinação.

Ainda de acordo com o advogado Mauro Júnior, a mãe de Izadora, uma sobrinha e a filha da advogada morta devem prestar depoimentos ao DHPP.

Fonte: Cidade Verde, por Flash Yala Sena

Humberto Júnior
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