
No réveillon, muitos amigos e familiares aproveitam para se reunir e comemorar a virada do ano. Apesar de ser um momento para celebrar, as medidas sanitárias precisam ser mantidas, porque o mundo ainda vive a pandemia da Covid-19 e, atualmente, também enfrenta uma onda da nova cepa da gripe, o vírus H3N2, que tem provocado surtos epidêmicos e já registrou mortes em estados brasileiros.
O médico infectologista Nayro Ferreira explicou que a população precisa manter os mesmos cuidados sanitários contra a Covid-19, para evitar contaminação pela nova cepa da gripe. Na quarta-feira (30) a Sesapi informou que já foram registrados 10 casos de H3N2 no Piauí.
“Precisamos observar melhor o nosso comportamento. Todo vírus respiratório, requer uma etiqueta respiratória como o uso obrigatório de máscara, higienização das mãos, e se possível distanciamento. Isso é importante para que o vírus não dissemine, como está acontecendo. Já temos 10 casos de H2N3, isso acontece porque não temos etiqueta de comportamento”, afirmou o especialista em entrevista à TV Clube.
O médico explicou que o ideal é que as confraternizações sejam realizadas em espaços abertos. A higienização das mãos é essencial, para diminuir os riscos de contaminação.
“Seguro 100% nunca vai ser, porque a pessoa pode ser portadora do vírus de forma assintomática, mas se esse lazer, de confraternização, for em um ambiente aberto, se as pessoas tiverem uma etiqueta de higienização das mãos e distanciamento seguro, há um mínimo de segurança para a transmissibilidade”, explicou.
Diferença entre Covid-19 e Influenza
Segundo o médico, tanto a Covid, como o vírus da gripe Influenza A, possuem sintomas bastante parecidos que podem ser confundidos. A principal diferença é que nos primeiros dias, os sintomas da gripe são mais fortes.
“A gripe por Influenza, nos três primeiros dias são mais severos. Uma febre mais alta, calafrios, uma dor de garganta e a pessoa sente uma moleza. Essas são as queixas principais”, explicou.
O estado do Piauí já vacinou 80% da população contra a gripe, o que diminui os riscos de contaminação e também reduz a quantidade de casos graves, já que a doença pode levar a morte.
“Toda síndrome respiratória, quando fica mais grave culmina em insuficiência aguda, e é nesse momento que o paciente relata que não consegue respirar direito, a tosse é mais evidente e nesse momento, em quase 100% dos casos a internação é obrigatória”, disse o médico Nayro Ferreira.
Fonte: G1 Piauí