O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, 6, durante transmissão ao vivo nas redes sociais, que espera que a relação do Brasil com os Estados Unidos não mude por conta das eleições presidenciais daquele país. Guedes explicou que sempre existe o risco do peso político na relação entre os países, mas disse esperar que o bom relacionamento com o Brasil continue e que o país se mantenha no rumo do desenvolvimento. “Eu também não vou superestimar o fator político quando ele não é para ser superestimado. A dinâmica de crescimento do Brasil depende de nós. Nós crescíamos 7% ao ano quando fazíamos a coisa certa. Nós paramos de crescer porque deixamos a transição incompleta”, afirmou.
O ministro lembrou que o Brasil ficou muito tempo acompanhando de longe o desenvolvimento dos demais países do mundo. Segundo ele, Estados Unidos e China, que hoje se estranham, já foram bem próximos. Dançaram de rosto colado durante muitos anos e o Brasil não dançava com ninguém. “Aí nós chegamos atrasados na festa. Quando chegamos, já estava a maior briga. Todo mundo bêbado, todo mundo brigando. E nós estamos dançando com qualquer um, estamos dançando com todo mundo, falta pouco, a festa está acabando, nós temos que dançar rápido para abrir rápido. Agora, temos que abrir sem ingenuidade. Somos liberais, mas não somos trouxas”, afirmou.
O ministro ainda aproveitou para rebater críticas à política ambiental do país. Segundo ele, não é novidade para ninguém que vários países utilizam a questão da Amazônia para tentar prejudicar o Brasil no mercado internacional. Uma forma, segundo ele, de muitos países superarem a falta de competitividade. Nesta sexta, o presidente Jair Bolsonaro também reforçou o discurso de Guedes e lembrou que o Brasil é o país que mais utiliza energia limpa. “Pega os países mais críticos, que participam da União Europeia, suas críticas são completamente infundadas, em especial quando falam da nossa região Amazônica, fora da geração de energia. Mas, nós somos o país que mais preserva o meio ambiente no mundo”, disse. O Presidente ressaltou ontem também que pretende insistir na proposta de regularização fundiária, que não avançou no congresso nacional. Segundo o governo, essa é a melhor forma de garantir a preservação da floresta e punir responsáveis por desmatamentos ilegais ou queimadas.
Fonte: Jovem Pan