Firmino rebate Wellington Dias sobre morte de Rayron e diz que ele “falta com a verdade”

O prefeito Firmino Filho rebateu as declarações do governador Wellington Dias de que a responsabilidade pelo assassinato do estudante de Medicina Antônio Rayron Soares de Holanda tenha sido da Prefeitura. Segundo o prefeito, o governador está “faltando com a verdade” e tirando de si uma responsabilidade que, constitucionalmente, é dever do Estado.

Antônio Rayron foi assassinado em uma parada de ônibus, após uma tentativa de assalto. “Ao atribuir a responsabilidade pelo crime à Prefeitura, o governador falta com a verdade. Ele está sendo irresponsável diante da omissão e falta de ação do Estado. O governador sabe dos erros e obrigações da segurança pública. Jamais poderia ter dito algo nesse sentido. Ele não tem a coragem necessária para tomar atitudes que protejam a nossa população. Para ele é mais fácil tentar transferir responsabilidades que são suas do que agir em favor do interesse público”, disparou o gestor.

Firmino Filho ressaltou que a insegurança está em todos os lugares e não apenas nas paradas de ônibus. “Basta vermos quantos assassinatos acontecem diariamente, em todos os locais da cidade. A Constituição Federal é muito clara em relação à competência da segurança pública. A Prefeitura não tem medido esforços para, dentro daquilo que é de sua competência, contribuir com a segurança, com a ampliação da iluminação, com a realização de políticas públicas de educação, esportes, lazer e cidadania e ainda com a atuação da Guarda Municipal, que mesmo não tendo atribuição de fazer segurança pública, atua em pontos estratégicos”, elencou.

A temática da segurança pública tem sido pauta diária e reclamação constante dos piauienses, chegando a ser colocada em primeiro lugar na demanda da população, na frente, inclusive, da educação e saúde. O assunto também chamou atenção do Tribunal de Contas do Estado, que realizou uma audiência pública na última segunda-feira, para discutir a ausência de policiamento nas ruas e a cessão de policiais militares para órgãos. Ao todo, são mais de 700 policiais militares que, por decisão do Governo, deixaram de estar nas ruas garantindo policiamento ostensivo e estão à disposição de órgãos públicos.

Segundo dados da Secretaria de Segurança, somente no final de semana foram dez mortes registradas pela Delegacia de Homicídios e Proteção Pessoal. “Não se admite que um governante finja não conhecer o que determina a Constituição e passe agir dissimuladamente diante de suas responsabilidades e do interesse da população”, finalizou Firmino.

FONTE: Oito Meia