As eleições 2024 contaram com menos candidaturas femininas, diminuição de mais de 27 mil; o parâmetro é o ano de 2020. Em contrapartida, houve um aumento relativo, de 1%, no número de mulheres disputando cargo eletivo.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) homologou 279.011 (64,59%) candidaturas masculinas e 152.930 (35,41%) femininas nas eleições municipais deste ano. As informações constam em nota técnica divulgada pelo Observatório Nacional da Mulher na Política da Câmara dos Deputados (ONMP) no último dia 04.
A unidade federativa com menos participação de candidaturas proporcionais de mulheres foi o Rio de Janeiro, com 34,29%, e o com maior percentual foi Mato Grosso do Sul, com 36,48%. Os demais estados apresentaram uma variação de 34 a 36%. O percentual do Piauí foi de 35,23%.
Cota de gênero
Com relação ao cumprimento da cota de gênero, o diagnóstico se apresentou satisfatório, tendo em vista apenas 772 das 5.569 cidades brasileiras não cumpriram o que determina a legislação eleitoral (o ideal, obviamente, seria o cumprimento integral).
“Em 4.797 municípios todos os partidos cumpriram a cota de gênero de candidaturas (o que corresponde a cerca de 86% do total de municípios). Já em 772 municípios, ao menos um partido não cumpriu a cota (14% do total). Isso revela a necessidade de aperfeiçoar os mecanismos de controle e enforcement, para que as cotas sejam cumpridas integralmente, conforme a legislação vigente”, alertou o ONMP.
Outra constatação
A maioria das legendas apresentaram média de candidaturas femininas acima dos 35%, ou seja, superaram o percentual exigido: 30%.
Fonte: OitoMeia